terça-feira, 18 de dezembro de 2012

PJ APREENDE 304 AVES EXÓTICAS E CONSTITUI 17 ARGUIDOS

Operações de combate ao tráfico de espécies protegidas decorreram em quase todo o país.

Algumas aves apreendidas chegam a custar seis mil euros cada !!!

A Polícia Judiciária (PJ) apreendeu 304 aves exóticas em duas operações nacionais de combate ao tráfico de espécies protegidas e constituiu um total de 17 arguidos, informou fonte policial esta segunda-feira.
Foram apreendidas “46 aves de espécies psitacídeos” (tipo araras, papagaios e catatuas), no valor unitário entre os dois mil e os seis mil euros, protegidas pela Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES), indica a PJ, em comunicado de imprensa. Foram ainda aprendidas outras 217 aves de espécies psitacídeos protegidas por um anexo da mesma convenção e 41 aves de espécie autóctones, também protegidas.

As operações, que se desenrolaram em quase todo o território nacional, foram desenvolvidas em articulação com o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas e apoiadas por biólogos do Parque Biológico de Gaia e do Zoo da Maia.

Durante as operações foram também constituídos 17 arguidos e apreendidas quatro armas. Segundo a Judiciária, os arguidos dedicam-se, de forma organizada e recorrente, ao contrabando de aves exóticas e à falsificação da respectiva documentação de identificação e legalização desses papéis.

AVALIAR DOENÇAS NOS CANÁRIOS OLHANDO AS FEZES!!

A cor das fezes e a sua importância na identificação de doenças nos Canários

Como me têm sido pedido várias vezes ajuda em relação às diarreias,e muitas vezes sobre doenças que afectam os Canários, vou tentar mostrar-vos o que pela observação das fezes podemos retirar, como ensinamento, para as prováveis causas de doenças dos canários…
Como disse tem que ser individualizada CADA POSSIBILIDADE DE DOENÇA e os olhos do criador são extremamente importantes na observação diária.
Por natureza as aves tendem a esconder suas doenças, pois no mundo animal os predadores procuram os mais fracos, sendo assim muitas vezes quando observamos e verificamos que as nossas aves estão doentes já é tarde demais.
Quantos de nós não vimos o pássaro de manhã “impecável” e á noite… morto!!!
Pois…estava doente e não percebemos.
Mas existem sinais que podemos usar para descobrir certas doenças encapotadas.
E a análise das fezes é fundamental.
Temos alguns sinais importantes que com o de observar das fezes e com a capacidade de as “ler” nos ajudam, é isso mesmo, olha para o cócó.

OLHANDO PARA AS FEZES

Todo o Criador de aves deve saber como são as fezes normais ( ditas sãs).
E ainda, observar as fezes (frescas) periodicamente, pois alterações significativas alertam-nos que algo não vai bem com a ave.
As alterações das fezes costumam vir antes mesmo de a ave apresentar sintomas clínicos, permitindo que nós nos antecipemos e podermos de forma preventiva iniciar a cura.

Vamos então analisar o dito CÓCÓ!!!

As fezes são compostas por 3 partes: fezes( em si), urato e urina :

A primeira porção é chamada de fezes propriamente dita, de consistência sólida, podendo a sua cor variar entre o Verde-escuro e o Castanho-escuro (aves que se alimentam de sementes com poucas sementes negras) ou Castanho/Negro, (aves que se alimentam de rações e excesso de sementes negras).
As fezes podem apresentar outras colorações, dependendo do que for ingerido (por exemplo, a beterraba ou o corante pode fazer com que as fezes tenham uma cor mais avermelhada, próxima a cor de sangue). Por isso é importante prestar atenção ao que a ave consome para poder melhor avaliar as mudanças de cor das fezes.
E os seus porquês…

FEZES NORMAIS:

Normalmente de cor acastanhadas ( decorrente da cor do alimento ingerido
À segunda porção das fezes chamamos urato, de cor branca e opaca.
É resultado da digestão e do metabolismo de proteínas pelo organismo, e é eliminado através dos rins.
Urato tingido de verde ou amarelo indica que a ave está com doença hepática. Urato tingido de verde pode indicar que o pássaro foi acometido de infecção causada pela "Chlamydophila" (clamidiose).Se assim for tem de ser IMEDIATAMENTE TRATADA.

A terceira porção das fezes é a urina, produzida pelos rins.
A quantidade de urina nas fezes vai depender da quantidade de líquido ingerido (água, frutas, vegetais). Tem-se a falsa ideia que a ingestão desses alimentos provoca diarreia. Justamente pelas fezes se tornarem mais aquosas/liquidas.
O que não é totalmente verdade.
É importante acompanhar de perto a quantidade de urina eliminada, pois pode ser decorrente de doença renal.

Outra observação importante é que as aves podem eliminar urina sem fezes e urato, ou eliminar urato e a urina sem fezes.

Vale ainda ressaltar que aves que passam por situações de stress (mudança de ambiente, acidentes, convalescença de doenças, etc.) podem ter suas fezes alteradas (diarreicas, verdes escuras brilhantes, uratos tingidos, etc.) por um período, voltando depois paulatinamente ao normal.
Para melhor analisar as fezes, indicamos usar papel toalha( no fundo/chão) na gaiola e de cor clara.
Alterações significativas e persistentes, devem ser levadas em linha de conta e se desconfiamos de alguma doença repetimos operação do papel por 2/3 dias e comparamos a evolução..


ALTERAÇÃO NAS FEZES:

Na consistência e composição:

Começo com esta nota:
Fezes de uma fêmea no ciclo reprodutivo, têm uma quantidade muito maior em dimensão e em líquidos e são consideradas normais, são também mais aquosas e mais pastosas.
Mais à frente explicarei o porquê.

Na coloração das fezes

Fezes escuras (causas diversas, inclusive longo período sem se alimentar).
Se um pássaro não se alimenta de nenhum alimento sólido por um longo período, a porção fecal pode- se tornar preta, ou verde bem escuro (quase preto) e de consistência peganhenta. Este tipo de fezes geralmente é confundido pela presença de sangue, mas na verdade é a produção da bílis que as torna negras.
Fezes pretas podem significar também sangue digerido (decorrente de enterites severas). Não é um bom sinal, o mais adequado é levar a um veterinário para diagnóstico. Porque a medicação ERRADA nestes casos pode fazer pior.

FEZES VERDE-ESCURO ,URINA COM CONS DE VERDE OU AMARELO: são indicativos de sobrecarga hepática (intoxicação, infecção, excesso de gordura na dieta, etc.).E requerem tratamentos hépaticos fracos.

FEZES DIARREICAS E C/ SANGUE:, Podem indicar sangramento vindo do sistema
digestivo, cloaca ou oviduto (o sangue é proveniente de hemorragias causadas
pela destruição de células intestinais). E é o caso mais grave.

FEZES AMARELADAS: indicam má absorção e digestão dos alimentos por problemas no pâncreas ou fígado

nota:
As fezes também podem ser diferentes de uma ave para outra, pois algumas comem mais sementes, e têm as fezes mais durinhas e sequinhas, e outras preferem mais verduras e papa, bebem mais água, e assim têm as fezes mais volumosas e claras. Mesmo quando estão juntas na voadeira e recebem o mesmo alimento, as fezes podem ser diferentes

Na coloração do urina

Os rins excretam o urato (de cor branca) produzido pelo fígado. Quando ocorre alteração na cor, pode significar que o fígado pode estar comprometido. Problemas hepáticos podem ser causados por bactérias ou vírus, a maior parte das doenças é curável.

URATO AMARELO: pode indicar problema no fígado e uma possível insuficiência Hepática.

ALTERAÇÕES GRAVES:

DIARREIA:
(Se a porção fecal não está formada, então sim é chamada de diarreia. Importante saber que a presença de um volume maior de urina, não importa a quantidade que for, resultando em fezes aquosas, mas com a porção fecal sólida, não significa diarreia, o que é comum acontecer e é muitas vezes confundida.)
As fezes podem absorver a urina, dando a falsa impressão de diarreia.

Na diarreia, as fezes podem sair como um jacto, sem nenhuma parte sólida no meio, ou com pequenos pedaços no meio de um borrão aquoso.

A diarreia pode desidratar a ave em poucas horas, motivado pelo seu metabolismo acelerado.
POSSIVEIS CAUSAS:

-Indisposição intestinal (mudança abrupta da dieta, consumo em excesso de uma semente especifica em excesso (normalmente sementes gordas) verduras ou frutas, alergia ao alimento, etc.).
- Parasitas, protozoários, viroses, toxinas;
- Água ou alimento contaminado;
- Alimentos inadequados à ave (ingestão de lactose, por exemplo).
Mesmo a ave sendo medicada, uma diarreia não cura da noite para o dia. O que acontece é que a quantidade de água nas fezes vai diminuindo ao longo de uma semana.
Normalmente deverá deixar a ave apenas a aveia descascada e na agua colocar num bebedouro uma capsula de UL250.
No máximo durante 3 dias após esse período a ave deve estar curada.
Se não houver resultado satisfatório ao fim de 3/4 dias com a medicação, deveria consultar um veterinário.

As fezes não devem cheirar mal, quando isso acontece “pode” ser sinal de doença bacteriana.
A fêmea, quando está na fase de reprodução, pode apresentar fezes dessa forma, desde que pastosas. Se saírem sob forma de jacto (excesso de urina) e fétida, não é normal.

A presença de sementes nas fezes inicialmente pode ser um sinal de má digestão, má absorção do alimento pela flora intestinal, quer seja pelo próprio alimento (sementes velhas ou com toxinas), como pelo uso de medicamentos (antibióticos) que atacaram também a flora intestinal ( quando medicamos à sorte ou porque fulano diz que faz bem).
Outras possíveis causas: parasitas, pancreatite, proventriculite, ventriculite, ou doença intestinal.
É importante ser um veterinário analisar as fezes e indicar o melhor tratamento, finalizando-o SEMPRE com o uso de probióticos.

O importante mesmo é observar o comportamento da ave: se apesar da diarreia ela se mantiver activa, comendo normalmente, é porque a ave está conseguindo compensar a perda de água bebendo mais água.
Vale a pena, nesses casos, fornecer electrolíticos (soro comercializado para este fim, existe em casas de animais e produtos veterinários, geralmente é uma saqueta que se dilui em água).
De preferência deve dar-se directamente no bico, já que a ave rejeita o produto no bebedouro e acaba por beber menos líquido do que deveria porque não consegue encontrar água fresca.
O que é exactamente o contrário do que pretendemos.
- FEZES PASTOSAS:
(Com mais líquido que o normal, mas ainda com “algum” formato)
São alterações comumente causadas por vermes ou alimento.
As causas podem ser variadas e o tratamento deve ser feito seguindo a orientação de um veterinário.
Voltamos a citar a excepção no caso das fêmeas na reprodução que devido à acção dos hormônios femininos na época da postura provoca( principalmente nas fêmeas adultas) terem fezes mais pastosas, volumosas, e fétidas, o que é considerado normal.

-INTOXICAÇÃO:
Quando a ave ingere algo que lhe faz mal, as fezes ficam verde-escuro, podendo tingir o urato e urina de verde.
Se a ave estiver activa e apetite normal, basta ministrar um antitóxico na água ou directamente no bico, e mantê-la apenas com alpista e aveia descascada por alguns dias, até as fezes voltarem ao normal. Se a ave tiver qualquer outro sintoma, como falta de apetite, apatia, penas arrepiadas, sono excessivo, procure um veterinário.

- LESÕES INTESTINAIS:
Algumas infecções bacterianas agudas ou parasitas podem causar lesões intestinais e a ave passa a defecar sangue vivo, ou as fezes saem completamente pretas, por causa do sangue digerido.
Ambos os casos SÃO GRAVES e requerem auxílio veterinário.

Quando a ave está doente, deve ser isolada das demais aves e ser mantida aquecida (com uma lâmpada pequena, de forma indirecta ou em gaiola Hospital), mas de preferência sempre em local pouco iluminado e silencioso. No caso de usar uma lâmpada, cubra a parte de cima e laterais com uma toalha ou um pano, para que dê à ave a sensação de protecção e tranquilidade que precisa nesse período. E tenha cuidado com o excesso de calor da lâmpada.

IMPORTANTE!!

Para descobrir a real causa da alteração das fezes, pode ser necessário um exame mais específico das mesmas. Mas antes mesmo disso, leve em consideração dados simples, do dia-a-dia, que interferem nas fezes, especialmente se estiverem diarreicas.

A ordem da investigação é a seguinte:

1) Stress por mudança ambiente
2) Alimentação
3) Qualidade das Sementes (microtoxinas)
4) Mistura/Papa (muitas aves tem diarreia por longo período devido à adaptação a ela, principalmente se tiver corante)
4) Qualidade da água (Cloro na água; suja de fezes, restos de sementes etc.)
5) Agro-tóxicos nas verduras e legumes (procure lavar sempre bem e secar as verduras).
6) Infecções parasitárias, vermes, coccidiose, etc. (somente é possível identificar por exame de fezes ou o veterinário em exame ao microscópio)
7) Pancreatite * (fezes amarelo ou verde bem claros)
* são diversas as potenciais causas da pancreatite, que incluem obesidade, dieta com excesso de proteína, intoxicação por zinco, microtoxinas, e doença viral.

Nas fezes diarreicas, pode ser dado inicialmente um polivitamínico associado a aminoácidos e electrólitos, para ajudar a manter a ave hidratada e suplementar os minerais perdidos nas fezes por conta desse quadro clinico. Até o início do tratamento administrado por um veterinário.
No caso de fezes que apresentam alimentos não digeridos por má absorção do organismo, pode ser dado um probiótico para ajudar no restabelecimento da flora intestinal.

Em ambos os casos, a dieta da ave precisa ser reajustada para o período durante o tratamento:

Alimentos que sejam facilmente digeríveis e de fácil absorção para facilitar o trânsito intestinal, devem ser a prioridade.
a) Verduras, frutas, devem ser evitados,
b) Fornecer alimentos com baixo nível de fibras, e que contenham carboidratos facilmente digestível (alpista e aveia sem casca arroz cozido (al dente)),
c) Diminuir a percentagem de alimentos proteicos ou excluir mesmo dependendo do caso.
d) Suplementação vitamínica (vitamina A e E) pode ser necessária,
e) Fornecer grit e carvão vegetal em alguns casos para ajudar na absorção dos alimentos e melhorar a digestão.
Finalizo relembrado dois aspectos fundamentais…

A) As aves têm o trânsito intestinal rápido, por isso a alimentação influencia na cor, formato e consistência das fezes.

B) As características das fezes são diversas, dependendo da espécie, idade e tamanho da ave, do período do dia, tipo de dieta consumida, volume de água ingerida, doença renal e fígado, medicamento administrado, presença de patologias parasitárias, bacteriológicas, fúngicas e virais, etc.
C) Só um perfeito conhecimento da ave nos permite identificar um problema e estabelecer um diagnóstico. EM CASO DE DUVIDA CONSULTE UM VETERINÁRIO SEMPRE!
Muitas vezes salva-se melhor “AQUELA AVE” que faz a diferença…

P.S.Tirado do forum CANARICULTURA TUGA

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

JULGAMENTO DO ARLEQUIM PORTUGUÊS, NO BRASIL

Julgamento do ARlequim Português no Brasil
 Publicado numa revista Brasileira - Brasil Ornitológico onde consta um artigo intitulado:
- Vêm limítrofes aí! - Arlequim Português, qualidades e defeitos. Este artigo é escrito por António Carlos Lemo, Juiz OBJO/FOB-OMJ/COM.
Trata-se de um artigo interessante pelo seu conteúdo, onde de uma forma sucinta o juiz descreve a maneira como devem ser julgados os Arlequins no Brasil.
Um artigo deste género já devia ter sido lançado em Portugal...mas enfim!!!

 

 

Em relação ao artigo e não concordando com o que lá estava escrito em relação à obrigatoriedade do factor mosaico, passo a transcrever o que foi informado:
...................................................................................

Apesar desse item não constar no standard, como se sabe, no Arlequim foi introduzido o fator mosaico para se conseguir variações de melaninas e lipocromo com maior nitidez e beleza, ou seja, para que o branco giz e as zonas de eleição do mosaico constrastem com as zonas que apresentem melaninas. A introdução do mosaico fez com que macho e fêmeas apresentassem diferenças na plumagem, ou seja, o dimorfismo sexual, então esse dimorfismo consta na genética das aves e deve ser levado em consideração.
Isto posto, a obrigatoriedade do “fator mosaico” para as aves de concurso no Brasil deve-se pelo fato dos Arlequins serem julgados em separado - Machos e Fêmeas, ou seja, machos com machos e fêmeas com fêmeas, caso contrário, teríamos somente 2 classes – Poupa e Par, agora, temos 4 classes – poupa e par fêmeas e poupa e par machos. (no Brasil) 
Logicamente não serão exigidos a perfeição dos mosaicos que concorrem no segmento canários de cor, mas sim, o suficiente para notarmos as diferenças do dimorfismo. As aves que não apresentarem esse dimorfismo, serão aves de plantel como tantas outras que não apresentam a variegação exigida pelo standard.
Também se extrema que o referido artigo é dirigido aos criadores brasileiros e isso deve ser informado, pois, no Brasil, temos algumas diferenças, por exemplo, julgamos Lancashires varigados e melânicos assim como os Padovanos e outras mais.
O Standard da COM é por demais sucinto no olhar dos brasileiros que são por demais burocratas e por esse motivo é preciso escrever muito sobre assunto simples para que haja uma padronização ou melhor entendimento.
Espera-se ter sido eclarecedor.
 
 

sábado, 3 de novembro de 2012

UNIDOS, EM TORNO DO CANÁRIO ARLEQUIM PORTUGUÊS, RUMO AO FUTURO!

7 de Junho de 2012 

No passado dia 26 foi realizada a Assembleia Geral do Clube do Canário Arlequim Português com o objetivo principal de eleger os dirigentes do Clube para os próximos três anos. A Assembleia decorreu normalmente e embora a Lista A fosse obviamente a lista que iria ganhar em face da desistência da Lista B, quase à boca da urna, a Assembleia achou por bem proceder à contagem dos votos recebidos, tendo convidado duas pessoas neutras a ambas as listas, o sr. Manuel Amieiro e o sr. Rui Vale, respetivamente Presidente e Secretário-Geral da FONP (Federação Ornitológica Nacional Portuguesa) para procederem à abertura, conferência e contagem dos boletins de votos recebidos que totalizaram 72 boletins distribuídos pelas duas listas e dando, sem margem a qualquer dúvida, a vitória à Lista A por 55 votos a favor contra 17 a favor da Lista B.

Porque a união faz a força e sem qualquer tipo de hipocrisia (tenho amigos que integraram a Lista B) faço daqui votos para que todos continuemos a trabalhar em prol da evolução do Canário Arlequim Português, mesmo com as possíveis divergências, que são normalíssimas, de opiniões que possam existir. Pela minha parte, todos o sabem, logo que abracei o Arlequim Português passei a ser mais um dos seus intransigentes defensores; agora com responsabilidades acrescidas, pelo cargo para que fui convidado, continuarei ainda mais, se possível, intransigente na defesa, evolução e divulgação do canário português.

Para que a evolução e divulgação aconteçam torna-se necessário que haja união entre todos os amantes e criadores da raça e muito rigor seletivo em torno do Canário Arlequim Português, só assim será possível e fará sentido a frase "Relançar o Canário Arlequim Português" que serviu de mote para apresentação da candidatura da lista vencedora. Como alguém disse algures "todos seremos poucos".

Partilho algumas fotos da realização da Assembleia e do almoço que alguns dos presentes partilharam antes de regressar a suas casas.

Assessorando o Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Paulo Maia.
 
A Assembleia, bastante participativa, trocando opiniões entre si.

Os dirigentes da FONP, Rui Vale e Manuel Amieiro, contando os boletins de voto, apesar de não ser necessário face à desistência da lista adversária..


Depois do término da Assembleia Geral, foi tempo de retemperar os estômagos, e fazer um brinde ao futuro do Canário Arlequim Português
Paulo Maia, esclarecendo a Assembleia.





Paulo Maia, esclarecendo a Assembleia.

PS: Foi tirado do blog de Armindo Tavares

 

NÃO É O FIM... MAS VAI ORIGINAR MUITAS DESISTÊNCIAS!

NÃO É O FIM... MAS VAI ORIGINAR MUITAS DESISTÊNCIAS!

No passado dia 9 decorreu na sede da Federação Ornitológica Nacional Portuguesa uma Assembleia Geral, com a quase totalidade dos Clubes que a integram, de onde destaco entre outros assuntos a eleição dos novos corpos sociais, que daqui saúdo desejando desde já um bom trabalho compensado com os maiores êxitos, a obrigatoriedade de os Clubes ornitológicos preencherem doravante o Modelo 22 dos Serviços de Finanças, com tudo o que isso implicar, a começar pela obrigatoriedade de solicitarem o “Início de atividade” nas Finanças sem o que não poderão funcionar. Já quanto aos criadores eu, pessoalmente, penso não haver grande motivo de alarme para os que realmente criam por hobby pois como sabemos há pessoas que deste hobby quase fazem profissão e essas sim, possivelmente terão de se preocupar um pouco mais.

Atente-se no que a FONP informa no seu site acerca do que mais nos interessa enquanto criadores:

Quanto ao IVA: Os criadores quando vendem aves estão isentos de IVA nos termos do número 33, artigo 9.º do Código do Imposto do Valor Acrescentado, devendo mencionar essa situação no documento que emitirem, fatura, recibo ou documento equivalente.

A Mesa da Assembleia Geral e Jorge Quintas, Presidente do CNJ, dirigindo-se aos presentes.


Quanto ao IRS: Os criadores deverão inscrever-se como titulares de Rendimentos Categoria D (Atividades Agrícolas e Pecuárias), devendo passar recibo por cada venda efetuada e incluir o total destes rendimentos na declaração anual de IRS.

A maioria dos criadores enquadra-se no chamado Regime Simplificado, isto é só 70% dos valores declarados (com a venda das aves) serão considerados rendimentos como trabalho dependente, pagando só o valor resultante da aplicação da taxa de IRS a que forem sujeitos.

No caso dos criadores que apresentem valores altos (segundo a FONP vários milhares de euros) é aconselhado o enquadramento no chamado Regime Normal, devendo possuir contabilidade organizada por Técnico Oficial de Contas.

Vista parcial dos representantes dos Clubes presentes na Assembleia.


No caso de criadores que anualmente efetuem apenas a transação de alguns exemplares em dois ou três momentos únicos no ano, poderão efetuar o que é chamado de Ato Isolado e emitir o competente documento de venda estando nesta situação o valor declarado sujeito à taxa de IVA de 23%.

Será de todo conveniente que os criadores interessados, para além de se informarem nos respetivos clubes o façam sobre tudo nos Serviços de Finanças.

Já há muito tempo, no mínimo dois anos, que em alguns fóruns eu dizia que “qualquer dia” isto viria a acontecer; aconteceu agora e vamos esperar para ver, mas de certeza que o controle ou se quisermos fiscalização não irá ficar por aqui ir-se-á apertando cada vez mais e a criação de aves deixará de ser um hobby!

Sei através de alguns colegas que algumas casas de animais (por acaso um Clube também referiu isso na Assembleia da FONP) já exigem documento de venda e as aves devidamente anilhadas.

Há com certeza desvantagens nesta obrigatoriedade fiscal mas, como vejo sempre as coisas pelo lado positivo, também deverá haver vantagens pois regra geral o que gastamos para termos os nossos passarinhos é sempre mais do que o valor de qualquer venda que se faça e presumo que possamos apresentar documentos de despesas.

A ver vamos!
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PS: Foi tirado do blogue de Armindo Tavares

CANARIOS ARLEQUIM PORTUGUÊS - O VARIEGADO I e II

 
25 de Setembro de 2010

* CANÁRIOS ARLEQUIM PORTUGUÊS * O Variegado

Como sempre, nos meus escritos, começo por alertar as pessoas que me lêem, que o que escrevo mais não é do que mera observação pessoal sem qualquer carácter cientifico ou vinculativo, seguindo estas experiências que transmito quem quiser e muito bem entender.
Tenho verificado com alguma regularidade o aparecimento de aves com o lipocrómico branco oriundas de casais em que uma das aves é equilibradamente variegada e a outra é quase totalmente melânica. No caso concreto da melânica são as chamadas aves "azuis", algumas das quais até "aceitam" a coloração artificial aparecendo de um modo bastante diluído o factor mosaico, as autoras de tal observação. Até aqui nada de anormal o objectivo é mesmo esse, obtenção do branco por causa do mosaico, o problema é que as aves que nascem desse acasalamento, numa percentagem elevada, carecem de factor vermelho, são aves lindíssimas relativamente à cor, mas não servem para mais nada que não seja para reprodução uma vez que qualquer ave com aquelas características apresentada a concurso é imediatamente desclassificada.

Como digo a solução é usá-las para a reprodução e neste caso o que temos de juntar a uma ave destas? Segundo as observações e experiências que tenho feito obtêm-se alguns bons resultados se acasalarmos com estas aves uma ave variegada com predominância do melânico e com o mosaico bem marcado. Em alguns casos temos agradáveis surpresas na coloração obtida.
Tenho vindo a seguir os conselhos do Prof. Dr. Armando Moreno, tentando acasalar arlequins sempre equilibradamente variegados e ir "eliminando" os que nascem com nenhum ou pouco variegado.



Sendo certo que o tempo que levo de criação do canário arlequim português é, ainda, diminuto apercebi-me que é prematuro "desfazermo-nos" de imediato das aves com pouco ou nenhum variegado! Porquê? Simples! É que com o continuo acasalamento de aves equilibradamente variegadas vai haver tendência, ao fim de algum tempo, para obtenção de arlequins em que o variegado é demasiado escuro (melânico) ou demasiado claro (lipocrómico) deixando assim de serem arlequins equilibradamente variegados para passarem a ser apenas arlequins variegados.
Não sei se o sistema que utilizo para ultrapassar esta situação será correcto mas o que tenho vindo a fazer com, aliás, resultados que me satisfazem são acasalamentos, por exemplo: de um arlequim variegado com predominância melânica, com um arlequim com pouco ou nenhum variegado de predominância lipocrómica, utilizando o mesmo sistema na situação inversa.

Deste acasalamento, obtêm-se aves equilibradamente variegadas, aves variegadas e aves com pouco ou nenhum variegado. A partir daqui o criador terá que ter sensibilidade para seleccionar as aves que irão ser utilizadas na reprodução do próximo ano a fim de tentar obter o resultado pretendido.
Apesar de tudo o que digo também é verdade que por muitas "contas" que façamos quando juntamos duas aves equilibradamente variegadas, por vezes os filhotes nascem sucessivamente com pouco ou nenhum variegado e noutros casos quase nos apetece saltar de contentamento com um ninho cheio de passarinhos multicoloridos.


Escusado será dizer, pois penso que todos sabemos isso, geneticamente é impossível fixar as cores nos arlequins mas também não é menos verdade que esta incerteza sobre as cores que as aves nascidas irão trazer é mais um estímulo para o criador que, ansiosamente, espera ter os filhotes com as cores que idealizou. São situações como esta do variegado, no canário arlequim português, que fazem com que este seja um canário único na ornitologia mundial e que os seus apreciadores comecem, agora, a aparecer como as formigas num açucareiro, alguns um pouco "envergonhaditos" mas já com a "febre" de ver o que vão "tirar".
As fotos dos canários que fazem parte destes escrito, são de exemplares nascidos nas minhas instalações, dois tasi que não servem para concurso, mas que são óptimos para utilzar nas situações que referi.
Boa sorte para todos!
 
 
27 de Março de 2010

TÊM POUCO VARIEGADO!!! QUE FAZER?! - II

Há algum tempo atrás, escrevi ácerca dos canários arlequim português que não eram variegados e o que se deveria fazer com essas aves opinando, inclusivé, que esses canários deveriam ser usados como reprodutores, pois para concurso, é mais que óbvio que não servem, em virtude de serem fortemente penalizados, na cor, sejam eles predominantemente melânicos ou predominantemente lipocrómicos.
Temos de ter em consideração que o Canário Arlequim Português é um canário de porte, passando a questão da cor, hipotéticamente, a um parâmetro secundário pois só vale 10 pontos. Na minha opinião a cor deveria ser mais valorizada pois só assim se entende a obrigatoriedade do canário ser matizado!
O baptismo do canário com o nome de Arlequim, não foi por acaso, senão vejamos; o Arlequim era um personagem da antiga comédia italiana que usava um traje feito de retalhos multicoloridos, geralmente, em forma de losangos. Ao ser "baptizado" com este nome implicitamente o canário ficou "obrigado" a ser variegado e/ou multicolorido, que é no fundo uma das razões que faz com que o Canário Arlequim Português seja diferente de todas as outras raças.
Se inicialmente era obrigatório o canário ter seis cores, hoje apenas é obrigatório que seja variegado. Antes era obrigatório o factor mosaico, actualmente não é.
Em ambas as situações referidas no parágrafo anterior o Clube do Canário Arlequim Português, no seu site oficial, não toma qualquer posição no sentido de repor a obrigatoriedade das famosas seis cores, nem tão pouco o factor mosaico (que convenhamos dá uma beleza impar ao canário).
Se, por exemplo, fosse obrigatório o Canário Arlequim Português possuir as famosas seis cores como originalmente estava previsto, como se iriam determinar a criação de classes para aves com uma determinada percentagem de lipocrómo e melânico, conforme já li? E, mais uma vez, o que se iria fazer aos Arlequins que não possuíssem as necessárias cores? Será que correriam o risco de serem utilizados só como simples reprodutores? Creio que não é uma politica correcta a seguir pois pelo facto do canário não ser equilibradamente variegado não deixa de ser um Canário Arlequim Português, uma raça portuguesa de porte.
Continua a questão do inicio desta prosa, mas então, têm pouco variegado!!! que fazer?!
Na minha modesta opinião pessoal resolvia o "problema" de uma forma simplista, simpática, que eliminaria 98% do "problema" da côr e mais importante ainda, o Arlequim continuaria a pautar a sua presença na ornitologia continuando a fazer a diferença para as outras raças; em vez de haver classes para percentagens de lipócromo e melânico como em algumas raças de porte (e nós sabemos a confusão que às vezes dão com aves fora da classe por causa da tal percentagem mais ou menos lipocrómica ou melânica) para o Arlequim criar-se-iam apenas três classes, a saber: Canário Arlequim Português com três cores, Canário Arlequim Português com quatro cores e por fim Canário Arlequim Português com cinco ou mais cores. Paralelamente e, aqui sim, como nas outras raças haveria uma classe machos e uma classe fêmeas.
Esta é só mais uma opinião como qualquer outra mas diferente, das existentes, tal como o Canário Arlequim Português.
 
PS: Foi tirado do blog de Armindo Tavares
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Concordo plenamente com o que está escrito. Na minha modesta opinião e porque sou ainda novato nestas andanças, depressa cheguei à conclusão de que é necessário ser persistente e muito dedicado a esta causa para que se obtenha resultados que valham a pena.
Quanto a côres ... acredito que mais dia menos dia serão aceites cinco ou mais côres, incluindo o mosaico, como nos outros canários, embora reconheça que o canario arlequim português É e SERÁ sempre o  " CANARIO AELEQUIM PORTUGUÊS "
Dos poucos casais arlequim português que tive a ciar em 2012, posso garantir que tive um caso que, para mim e não só, foi um caso raro. De entre 9 irmãos, um nasceu bas- tante variegado e dos restantes 8, nenhum nasceu variegado, parecendo o variegado filho de outro casal.

Meus amigos, esta é a minha opinião, claro.

Tsilva. 

CASAIS FORMADOS

Olá amigos

Acabo de formar e colocar todos os casais de canários que vão reproduzir no ano 2013.
Escusado será dizer que estão separados ( macho da femea ) por um separador central opáco.
Assim, como já disse qual a minha intenção, fico com 6 casais vermelhos e em vez de 17 são 18 casais arlequim português.
Para os casais vermelhos, como me faltavam duas femeas, consegui arranjá-las num bem conhecido criador desta raça.
Agora estou a dar-lhe o VITACHOK e depois de uma semana a água limpa vou desparazita-los com o FP-20x20 O.C.
O Ano passado, ou seja, em 2011 assim o fiz e dei-me bem com a situação. Por isso vou repetir. E lá diz o ditado ... equipa que vence não se muda ... ahahahhhhh !

Cumprimentos

TSilva (canários)

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

PRINCIPIOS BÁSICOS PARA A CRIAÇÃO DE CANÁRIOS


O Tempo Disponível

     Antes de mais nada, é muito importante salientar que o tempo que irá dispor para o trato e manutenção do seu plantel deve ser compatível com o número de pássarinhos que serão criados, evitando assim futuros problemas de trato. Além disso, temos que lembrar que na época da cria o número de aves dentro do criadouro duplica e muitas vezes até triplica, ocupando um tempo ainda maior do novo criador. Por exemplo, se o criador dispõe no seu dia de trabalho apenas do tempo suficiente para cuidar de dez casais, então só deve criar dez casais. Pois se ultrapassar este número,o novo criador não poderá dar a atenção necessária a todas as aves: verificar os fundos das gaiolas, os poleiros, observar se nenhum filhote caiu do ninho, etc., ou seja, o rendimento do seu plantel vai cair e muito. É notório, que com o passar do tempo a prática vai aumentando e a facilidade para com o manejo do plantel também. Por isso aconselho aos iniciantes começarem sua criação com no máximo 10 (dez) casais, de forma que com este número vá adquirindo experiência no trato dos canários. Assim, obtendo maiores resultados e satisfações com a sua criação.

Espaço Físico

     Para iniciar este assunto, o qual eu considero de extrema importância, devo alertá-los de que a superpopulação é fator prejudicial na criação de canários, acarretando uma significativa queda da fertilidade e da postura, como também aumentando o nível da mortalidade dentro do seu criadouro.
     Bom, de início vamos escolher o lugar onde serão instaladas as gaiolas de criação, considerando que este local deve ser um quarto ou cómodo com iluminação e ventilação bem satisfatórias, pois são quesitos fundamentais para manter a “boa” saúde das suas aves. A ventilação e troca de ar deve ser constante, evitando assim que as aves respirem o ar saturado, que é propício para a proliferação dos ácaros e consequentemente para o surgimento de doenças respiratórias. Não aconselho que o piso do criadouro seja feito de madeira e nem possua buracos ou fendas, já que estes são excelente morada para os piolhos, ácaros e microorganismos. O piso ideal é liso, facilitando a limpeza diária do criadouro. É bom lembrar que a visita de certos insetos, principalmente o pernilongo, é totalmente indesejável. Por isso o criador deve colocar telas na janela e nas saídas de ar para que os insetos estejam impossibilitados de adentrar ao criadouro. Mais uma vez falo a vocês sobre o grande problema da superpopulação, procure criar um casal de canários para cada metro cúbico do criadouro, e não se esqueça de considerar em seu cálculo os filhotes que virão na época da criação.

As Gaiolas

      Depois de definido o local para a criação, o iniciante deve se preocupar então, com a compra das gaiolas. Para separar os casais para a criação, a gaiola mais indicada é a Argentina, a qual possui uma divisória que facilita a separação de filhotes para que a mãe inicie nova postura. Estas devem ser dispostas (penduradas) em suportes apropriados, os quais mantém as gaiolas afastadas da parede, posto que se um canário ingerir um pedaço de pintura poderá lhe causar sérios problemas de saúde ou até mesmo a morte. As gaiolas devem estar pelo menos a 30cm do chão facilitando assim a limpeza do pizo. É bom dizer também que a gaiola de cima não deve ficar muito alta, pois isso irá dificultar o manejo que o criador terá com o ninho, na verificação dos ovos por exemplo. O iniciante terá de adquirir também, se possível, uma voadeira, na qual serão colocados os filhotes já separados dos pais. Atitude importante também é a aquisição de grades de fundo extras, isso facilita, e muito, na hora da lavagem das mesmas.

A Compra das Matrizes

A formação do seu plantel deve ser tratada com atenção especial. O cuidado e a observação técnica na compra de qualquer ave é imprescindível para o sucesso da criação. Várias vezes já tive a oportunidade de me deparar com criadores iniciantes se queixando, pois haviam gastado uma verdadeira fortuna com aves para seu plantel, e no ano seguinte qual não foi a surpresa, lamentável! Não adianta apenas comprar exemplares de criadores renomeados, estes canários devem estar gozando de excelente saúde e apresentar qualidades técnicas dentro dos padrões exigidos. Está enganado aquele que pensa que que os grandes criadores só possuem aves de excelente qualidade para a venda, sim eles possuem ótimos exemplares, mas também possuem aqueles pássaros que tecnicamente deixam um pouco a desejar. Por isso procure os criadores dos quais você já tem alguma informação positiva, pois existem pessoas que adoram confundir os iniciantes.
     Bom, então quando for adquirir alguma ave para seu plantel tome muito cuidado e preste atenção nos seguintes itens:
     Só compre canários os quais você tem certeza que possuem uma linhagem bem apurada, geneticamente falando. Procure informações sobre os pais da ave. Este detalhe é muito importante, pois comprando um canário dentro dos padrões você nem sempre está levando junto uma carga genética tão bela como toda aquela beleza esteriótipa.

  • Analise bem o tipo do canário, seguindo rigorosamente os padrões da cor ou raça. Para isso é muito importante que você possua em suas mãos o manual de julgamento da OBJO.
  • A saúde do exemplar deve ser impecável, sendo que a barriga não deve apresentar nenhuma mancha escura. Observe patas e bicos. Nas patas não devem ser notadas cracas ou qualquer tipo de infecção micótica, as quais podem ser transmitidas para as aves do seu criadouro. O bico deve ser levado junto ao seu ouvido, não podendo ser notado nenhum tipo de ruido em sua respiração.
  • Procure adquirir filhotes, pois os adultos que estão sendo vendidos (na maioria das vezes) não agradaram o criador em algum sentido.
  • Nunca adquira mais pássaros do que o espaço em seu criadouro permita, nem que consumam mais tempo para tratá-los do que você pode dispor.

     Além de seguir rigorosamente estes itens, você deve pedir o auxílio técnico de algum criador experiente ou até mesmo da diretoria técnica do seu clube. Esta ajuda será muito importante na sua escolha. Atitude importante também, é não ter pressa. Se naquele criador você não encontrou o pássaro ideal, não hesite em recusar, tenha coragem e diga NÃO!! Tenha um pouco mais de paciência e visite mais criadores.

Alimentação

     Este é um assunto complexo e polémico, pois existem vários métodos e receitas de sucesso. Mas para que o iniciante se situe de forma a ficar bem esclarecido com o tema, é importante saber sobre as principais fontes de alimentação que devem ser oferecidas aos canários:

  • A mistura de sementes: que deve ser de origem conhecida e com o mínimo de poeira ou sujeira. Preste bem atenção no estado das sementes, não podendo ser notado nenhum tipo de fungo ou bolor nas mesmas.
  • A farinhada que deve ser oferecida aos canários diariamente na época da cria e muda, e três vezes na semana em época de descanso. Existem disponíveis no mercado farinhadas de excelente qualidade, algumas que até já possuem o ovo, complemento indispensável no trato dos canários, na minha ótica. Você também poderá elaborar a sua farinhada caseira, para isso consulte um criador experiente  e pegue a receita dele, isto diminui e muito o custo com a alimentação.
  • A areia é muito importante, pois todos nós sabemos que as aves a utilizam como meio triturador de alimentos em seu organismo, pelo fato de não possuírem dentes. É importante que você escolha uma areia bem limpa, e  acrescente nela farinha de ostra ou então casca de ovo moída, sendo estes excelente fonte de cálcio. Misture na proporção de 50% destes elementos  para 50% de areia limpa.
  • O iniciante pode oferecer também às suas aves, verduras frescas, giló e maçã, os quais são muito bem aceitos pelas aves. A verdura que ofereço em meu criadouro é o Almeirão, bem lavado e livre de agrotóxicos.
  • Não se esqueça de que a água dos potinhos deve ser renovada diariamente, evitando assim o aparecimento de fungos.

A Cria

     Ufa!!! Enfim é chegada a grande hora!!! Hora em que iremos preparar nossas aves para a temporada de reprodução. A época mais adequada para o início da cria começa a partir da metade do mês de agosto. Procure já no mês de julho separar os machos, deixando-os sozinhos em sua respectivas gaiolas de criação. Lá pelo dia 10 de agosto coloque a divisória na gaiola, deixando a fêmea no outro compartimento.
      Comece a reparar no comportamento do casal, assim que você notar a simpatia entre eles. Por exemplo, o macho alimentar a fêmea através da grade divisória é sinal de que está na hora!! Retire a divisória, coloque o ninho e ofereça constantemente fios de aniagem com o qual a fêmea irá construir seu ninho. Repare que é muito importante que não falte aniagem para a fêmea, pois ela poderá atacar o macho atrás de suas penas.
     As fêmeas costumam botar de 4 a cinco ovos, os quais você deverá substituir por um index (ovinho de plástico), no quarto dia de postura junte-os de volta  ao  ninho para  que assim a fêmea possa chocá-los. Entre o quinto e o oitavo dia de choco você deverá verificar se os ovos estão fecundados (cheios). Para isso é necessário que você construa um ovoscópio, que pode ser feito com uma caixa velha ou então uma lata. Aproximadamente no 13o dia os ovinhos eclodiram.
     Nos primeiros 7 dias de vida é aconselhável que o criador utilize o auxílio de uma papinha própria para alimentar os filhotinhos, isso porque é a faz mais crítica na vida deles, e qualquer ajuda que vier de fora será de muita importância. Lá pelo 6o ou 7o dia de vida devemos anilhar o filhote.
     O anel é importante pois nele estão gravados o seu número de criador, o número do filhote e o ano em que ele nasceu. Estes anéis são fornecidos pela FOB, e podem ser encomendados em seu clube. Bom, para anilhar o filhote precisa-se ter muito cuidado pois eles ainda estão muito frágeis nesta época. O anel deve ser introduzido na pata do filhote passando-se primeiramente os três dedinhos dianteiros, ficando o dedinho traseiro junto à canela do filhote. Este passa pelo anel logo em seguida.
      Tome cuidado, procure anilhá-los se possível no final da tarde, pois a fêmea pode estranhar a anilha jogando o filhotinho para o fundo da gaiola. Se isto acontecer camufle o anel com uma fita adesiva (esparadrapo). Após aproximadamente uns 15 dias os filhotinhos já estarão quase cobertos pelas novas peninhas. Está quase na hora de separá-los da mãe. Espere eles saírem do ninho por vontade própria, coloque a divisória da gaiola, deixando um poleiro bem baixinho e junto da grade divisória, para que os pais possam alimentá-los. Ao mesmo tempo, troque o forro do ninho por um bem limpo, pois com certeza a fêmea iniciará uma nova postura em breve!!!
      Coloque no lado da gaiola em que ficaram os filhotes um potinho com sementes e outro com farinhada, e fique observando se eles já estão se alimentando sozinhos. A partir deste momento, você já poderá separá-los dos pais, mas tenha muito cuidado!!! Tenha certeza de que o filhote está se alimentando direito. Coloque-os em uma voadeira, acumulando no máximo de 15 a 20 filhotes em cada uma, para que os jovens canários possam fazer seus exercícios de vôo livremente. E não se esqueça de oferecer banho a ele.

A Muda

     Logo após o período de cria, digo meados de janeiro até março, os filhotes e seus pais irão mudar de pena. Tome muito cuidado!!! Pois é uma das fases mais críticas da vida deles, crítica porque eles utilizam muito da sua energia na troca de suas penas. Nesta época aconselho a você colocar os filhotes nas gaiolas argentinas em no máximo 4 aves por gaiola, passando os pais para as voadeiras, separando os machos das fêmeas.

Conclusão

     Espero com esse artigo ter ajudado um pouco no esclarecimento das dúvidas que sempre aparecem quando se está iniciando uma criação de canários. Bom, armas na mão, só resta a vocês tomar coragem e mãos à obra!!!


PS: foi tirado de um outro blogue

GAIOLAS PARA CANÁRIOS

 As gaiolas de:

Canários cantores, são as mais pequenas. Destinam-se normalmente a alojar um macho sozinho. São indicados como mínimos 50 cm de comprimento, 25 cm de largura e 35 de altura.


Criação existem duas variantes bem definidas: uma de quase totalmente de madeira só com grade na parte da frente e outra totalmente de grade. Nos dois tipos há possibilidade de dividir a gaiola ao meio quer para separar o macho da fêmea no início do acasalamento quer para separar as aves jovens até dominarem a técnica que lhes permite descascar as sementes.
Para a criação de canários de tamanho normal, poderão ser indicadas, como mínimo, as seguintes medidas: 60 cm de comprimento, 30 cm de largura e 40 de altura.
Há quem prefira as gaiolas de madeira, "caixotes", porque isolam as aves e elas ficam mais tranquilas.
 

viveiro ou voadeira  é uma gaiola grande onde são colocadas as aves jovens quando são separadas dos pais. Deve ser espaçoso para que as aves se desenvolvam fortes e saudáveis. Os poleiros devem estar bastante separados para obrigar as aves a voar entre eles.


G
aiola-enfermaria destina-se ao tratamento de animais doentes. Pode ser de madeira, bastante isolada e com aquecimento geralmente num fundo falso, pelo que deve ter um termostato.


" Nem sempre as gaiolas mais bonitas são as mais saudáveis e práticas. São de evitar as gaiolas circulares."

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

ALOJAMENTO


Alojamento





O primeiro passo que deve ser dado quando se pretende criar canários ou qualquer outra ave é a escolha do local adequado. Não devemos manter as nossas aves em ambientes pequenos, escuros, muito húmidos ou em locais onde hajam correntes de ar. Devemos ter em consideração que as nossas aves precisam de voar e para isso é necessário espaço. Normalmente a medida com que me regulo é de 1 m3 para 4 aves. Se o espaço for mais reduzido ou tivermos mais aves poderá haver maior proliferação de doenças e picagem.

O local da criação e as gaiolas deve estar voltados para Nascente, permitindo a entrada dos primeiros raios solares da manhã e evitando o calor da tarde. As janelas do canaril devem estar protegidas com rede mosquiteira, que impedirão a entrada de insectos prejudiciais à criação e transmissores de doenças. È importante lembrar que o canaril deverá ser bem arejado, pois a renovação do ar é importantíssima, no entanto deve estar protegido de correntes de ar.

No voadouro as paredes devem ser o mais liso possível para facilitar a limpeza e evitar a acumulação de lixo e a proliferação de microorganismos. Devemos ter à disposição das nossas aves vários recipientes para a comida, àgua e para o banho. Devemos também colocar poleiros individuais para que cada ave tenha um refugio e assim evitar a picagem.

Eu utilizo gaiolas de plástico duplas e que permitem colocar uma grade no meio. A grade é utilizada no inicio do acasalamento, como é explicado mais à frente, e depois, na altura de separar os filhotes. No chão da gaiola deve estar uma grade (de plástico no meu caso) de um material que não oxide com as lavagens, que evita que os nossos canários se sujem e comam alimentos deteriorados. Estas gaiolas são extremamente fáceis de limpar pois são totalmente desmontáveis, facilitando o trabalho antes e depois da criação que é normalmente quando limpo a fundo todo o equipamento. Assim como as gaiolas, todo o equipamento que utilizo é de plástico: poleiros, comedouros, bebedouros, banheiras. Mas atenção, os bebedouros devem ser de cor castanha ou azul para que não se depositem fungos e para que a luz não decomponha qualquer solução que estejamos a dar às nossas aves.

Nunca deixe de colocar as banheiras, pois os canários precisam tomar banhos frequentes. Caso não tenha banheiras deve borrifar as aves pelo menos uma vez por dia.


Durante a época de criação devemos fornecer aos casais ninhos adequados. Eu utilizo ninhos de plástico pois mais uma vez são de fácil higienização. Estes devem ser forrados existindo para isso imensos tipos de forra (estopa, corda, flanela,,,) que podem ser encontrados nas lojas da especialidade.

Alguns criadores utilizam termóstatos para regular a temperatura. Eu penso que, pelo menos na zona em que vivo (Quiaios - Figueira da Foz) não é necessário já que a maioria dos canários pode suportar temperaturas entre os 5ºC - 35ºC.

Quanto à luz artificial, julgo ser de alguma utilidade na época da criação para garantir que as crias tenham alimento desde cedo mesmo que o sol demore um pouco mais a aparecer ou se escurecer demasiado cedo.

Os desumidificadores poderão ser perigosos pois caso a humidade relativa ficar muito baixa as mucosas tendem a secar e as nossas aves retêm mais facilmente poeiras, ácaros e bactérias propiciando assim as alergias e a asma. Podemos no entanto utilizar desumidificadores com regulador de controlo de humidade que serão muito úteis a manter os níveis de humidade relativa e ajudam a filtrar o ar.



PS: Isto foi tirado de um blogue  e porque se trata, de muito perto, daquilo que utilizo, resolvi publicar no meu blogue