segunda-feira, 18 de novembro de 2013

EXPOSIÇÂO DE PAÇOS DE FERREIRA - 15 a 17 Novembro 2013

Olá amigos
Pela lª vez fui a uma exposição como concorrente.
Devo dizer-lhes que achei engraçado expor as nossas aves. Dois factos me levaram a tal. Dar a conhecer as aves que possuo e saber aquilo que tenho para me aprimorar ainda mais ... e depois dar seguimento ao que me foi pedido por um grande amigo meu, que achou que as aves que tinha mereciam ser expostas.
A variedade de aves era muita. Ali, para quem nunca foi a um certame deste género, devo dizer que vale a pena, embora pese um pouco o gostar ou não de aves. ... mesmo que. inicialmente, não goste ... vá ... e quem sabe se abre o apetite.
A minha classificação foi de três primeiros prémios. ... Um em EQUIPE ARLEQUIM PORTUGUÊS PAR (SEM POUPA) MACHO ,,, outro em ARLEQUIM  PORTUGUÊS POUPA MACHO e outro em ARLEQUIM PORTUGUÊS PAR (SEM POUPA) FEMEA-



quinta-feira, 17 de outubro de 2013

RECETADORES DE AVES FURTADAS, COM O STAM 262A, IDENTIFICADOS PELAS AUTORIDADES!

A propósito da noticia do roubo de aves com o STAM 262A, pertencentes ao colega de hobby Carlos Ramoa, que no passado dia 28 de Junho dei à estampa neste blogue, hoje tenho o prazer de reproduzir o texto abaixo, retirado do Facebook, pois das várias vezes que utilizei este espaço a divulgar o furto de aves a outros colegas esta, parece-me, é a primeira vez que tenho conhecimento de recuperação parcial de aves furtadas e com a divulgação de pessoas coniventes com estas, infelizes, situações. Segue o texto:
Caros amigos e colegas

Levo ao vosso conhecimento que, em colaboração com o destacamento de Valença da GNR, localizei e apreendi, na feira semanal de Valença, cerca de 20 canários que me tinham sido furtados em Junho. Posteriormente recuperei mais cerca de 50. Os canários estavam em poder dos feirantes JOSÉ MAGALHÃES e sua FILHA (sob o nome comercial PEIXINHOS E COMPANHIA), em venda e dentro de um camião e um furgão que foram já identificados no respetivo processo de averiguações.

Os feirantes em causa, já conhecidos no meio por situações do género e que usualmente vendem as quartas-feiras na feira de valença e ao domingo de manhã na feira da Estela, Póvoa de Varzim, serão agora responsabilizados pelos danos materiais e morais causados.


Levarei o processo até ás ultimas consequências, quer para me ressarcir dos prejuízos que tive e tenho, quer para servir de exemplo para que estes indivíduos saibam que ser recetador de animais furtados traz consequências adversas e não lucro.

Gostaria de nesta altura agradecer a colaboração, ajuda e solidariedade de tantas dezenas de colegas que me trouxeram informação e apoio. Sugiro que nenhum criador digno desse nome mantenha negócios com esta gente, até pelos riscos inerentes.
Por mim é garantido que não só os elementos acima citados no texto, como recetadores, ou qualquer outro que eu tenha conhecimento, ou até tenha a mais leve suspeita de alguma atividade ilegal, jamais terá qualquer género de negócio ou relacionamento.

CANÁRIOS DE PORTE DE "A" a "Z" GIBOSO ESPANHOL

País de origem: Espanha


O Giboso Espanhol é um canário frisado integrando o Grupo III dos Frisados Ligeiros com posição especifíca tendo surgido em Espanha por seleção com o Fino Sevilhano (antiga raça espanhola) cruzado com o Melado Tenerifenho durante os anos 80 de século XX.

O pescoço deste canário possui uma vértebra a mais que as outras raças semelhantes como o Gibber e o Frisado do Sul, e estes conseguem um equilíbrio momentâneo esticando a cabeça e o pescoço pouco abaixo da horizontal. O Giboso, face ao pescoço mais comprido, necessita reduzir o ângulo entre o pescoço e o corpo (45º a 60º) para reduzir a tendência a cair para a frente. Como terá surgido a vértebra excedente não se sabe, mas a anomalia foi fixada, associada a outras características que definem a raça.
Com a posição em forma de 1, é um pássaro cujo tamanho, de difícil avaliação, deverá ter 18 cm.
A cabeça é pequena, serpentiforme, com olhos e bico relativamente grandes. O pescoço é longo, fino, emergindo de ombros relativamente estreitos. O peito, como no Gibber, deixa o esterno à mostra.
As canelas, longas, ficam praticamente na perpendicular do poleiro. O corpo afunila dos ombros para a cauda. As asas coladas ao dorso separam-se deste nas extremidades quando o pássaro fica em posição. A cauda, ligeiramente caída em relação ao dorso, aproxima-se do poleiro quando o pássaro fica em posição e muitas vezes serve como um terceiro apoio para que possa equilibrar-se. É uma raça de temperamento nervoso, que se movimenta constantemente.
Nota: Esta pequena introdução, (não vinculativa) tem como base uma pequena pesquisa feita pela Internet suportada na leitura de vários textos nomeadamente do CNJ, CJO e OBJO.

Fotos da autoria do criador espanhol Fernando Zamora
Atualmente o Standard, do Canário Giboso Espanhol, aprovado pela C.O.M., é o seguinte:

POSIÇÃO E FORMA

Em forma de 1.

Em posição, o pescoço e a cabeça devem formar um ângulo de 45º a 60º com o tronco.

Tipo: Permite ver bem e distintamente as partes frisadas e as lisas.

Pontuação: 20.

CABEÇA E PESCOÇO

Cabeça: Pequena, serpentiforme e lisa.

Pescoço: Muito longo, liso e dirigido para baixo.

Pontuação: 20.
 

TAMANHO

18 cm.

Pontuação: 10.

PATAS E COXAS

Longas e rígidas.

Coxas desplumadas na parte frontal e inclinadas para trás.

Pontuação: 10.

JABOT   

Bem proporcionado com frisados dirigidos do interior de cada lado para o centro de forma a mostrar o esterno inteiramente desnudado.

Abdómen liso.

Pontuação: 10.

ASAS, OMBRO E MANTO

Asas proporcionalmente longas e bem aderentes ao corpo sem se cruzarem.

As pontas das asas destacam-se ligeiramente do corpo.

Os ombros altos com frisados simetricamente repartidos de cada lado de uma linha média, formando um manto que cobre bem o dorso.

Pontuação: 10.

ALETAS

Frisados ligeiros que partem simetricamente de cada lado do corpo para formar dois pequenos flancos.

Pontuação: 5.

CAUDA

Em proporção ao corpo, estreita e dirigida ligeiramente na direção do poleiro, tocando-o suavemente.

Pontuação: 5.

PLUMAGEM

Bem fechada nas partes lisas e dispersa sobre as partes frisadas.

Pontuação: 5.

CONDIÇÃO

Em boas condições de saúde e limpeza

Habituado à gaiola de exposição.

Pontuação: 5.

COR

São admitidas todas as cores.

Gaiola de Cúpula: Com um poleiro de 14 mm de diâmetro.

POIS É.... AGORA É PRISÃO EM VEZ DA MULTA !!!

Foto retirada do blog http://eljarillero.blogspot.pt/


Pois é, agora as coisas vão começar a fiar fino; até aqui os prevaricadores pagavam uma multazita e no domingo seguinte lá estavam de novo com o seu "negócio" porque, infelizmente, têm "clientes" para a "mercadoria" a venda de aves protegidas por Lei. Não sei se os "clientes" forem apanhados receberão o mesmo tratamento mas indiretamente contribuem para o crime.
Segundo a notícia que abaixo que transcrevo e que se encontra publicada no site http://porto24.pt/ as autoridades atuaram pela primeira vez na Feira dos Passarinhos, no Porto em conformidade com o disposto na Lei n.º 56/2011 após a modificação da mesma.

GNR efectua pela primeira vez detenções na “feira dos pássaros”

O Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR deteve domingo 6 pessoas por “detenção e comercialização de espécies de fauna protegidas”, o que aconteceu pela primeira vez desde a alteração à lei.
A operação incidiu sobre a “feira dos pássaros”, que se realiza aos domingos no Largo da Cordoaria, no Porto, e foi efectuada em conjunto com o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), levando ao levantamento de 7 autos pelo crime de danos contra a natureza e 6 detenções de indivíduos, com idades entre os 19 e os 68 anos, que foram identificados e notificados para comparecer em tribunal na segunda-feira.
De acordo com o tenente-coronel Francisco Magalhães, é a primeira vez que tais detenções ocorrem desde que a lei n.º 56/2011 foi modificada “porque antes [a detenção e comercialização de espécies protegidas] era considerada contra-ordenação e agora é crime”, prevendo “sem margem para dúvidas a detenção”.
Em comunicado, a GNR informou terem sido apreendidos 147 pintassilgos, 41 chamarizes, 21 pintarroxos, 17 tentilhões, 16 Dom fafes, 8 verdilhões, 8 bicos-de-lacre, 4 travessos e um melro.
As aves apreendidas foram levadas para o Parque Biológico de Gaia, em Avintes, onde, “após serem sujeitas a avaliação de recuperação, uma parte será restituída à liberdade e outras permanecerão em quarentena”.
A operação levou ainda a um auto de notícia por contra-ordenação devido a detenção de espécies autóctones em cativeiro e a 3 outros por falta de licença para comercialização de espécies não-indígenas.
O SEPNA e o ICNF estiveram no local entre as 6h e as 12h, tendo sido mobilizados um oficial, quatro sargentos, 30 guardas da parte da GNR e 5 elementos do instituto.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

CRIAÇÃO - 2.ª Fase (Acasalamento/Postura)

Faço aqui a destrinça da 1.ª para a 2.ª fase porque nesta altura deveria proceder ao acasalamento das aves, uma vez que estamos a meio do "tratamento", mas acho melhor efectuar o acasalamento pelo 24.º dia pois permitirá que o "tratamento" termine praticamente quando as fêmeas iniciam a postura.
Assim, vamos iniciar a 2.ª fase dando seguimento aos dias que já vêm da 1.ª fase:

- Dias 18 e 19,dar Vitamino L.
- Dias 20 e 21, dar Pro-Hepátic.
- Dia 22, dar AD3EC+K.
- Dias 23 e 24, dar Pro-Hepátic.
- Dia 25, dar Complexo B.
- Dias 26 e 27, dar Vitamino L.
- Dias 28, 29 e 30, dar AD3EC+K.
- Dia 31, dar Vitamino L.

Se alguém optar por este esquema e proceder como menciono quase garantidamente que ao 31.º dia, haverá fêmeas com ovos, restando-nos a esperança de que o macho tenha cumprido a sua obrigação e os ovos saiam galados.

Complemento o "tratamento" ministrando PRIME, na papa, durante todo o ano aos canários, com maior incidência na fase preparação e mantendo essa incidência até ao fim das criações.
Ainda durante a criação dos filhotes, adiciono à papa Bio-Sac Crómio.


PS: Tirado do Blog de Armindo Tavares

NOTA : Deve-se acasalar as aves em meados de Janeiro para que no inicio de Fevereiro haja já fêmeas a pôr ou a começar

CRIAÇÃO - 1.ª Fase (Preparação/Prevenção)

Todos os criadores têm métodos próprios de criar canários. Poderá haver semelhanças mas método igual é que é mais dificil. Este ano, pela primeira vez uso a gama completa da Zoopan e sigo o programa por eles aconselhado como a seguir descrevo:

- Dias 1, 2 e 3, dar Sulfaprime + Vitamino L.
- Dias 4 e 5, dar Vitamino L.
- Dias 6, 7 e 8, dar Vermizoo + Complexo B.
- Dias 9 e 10, dar AD3EC+K.
- Dias 11 e 12, dar Avisstress.
- Aqui começo a dar à descrição Foscavit-Orni até ao fim das criações.
- Dias 13 e 14, dar Vitamino L.
- Dias 15 16 e 17, dat AD3EC+K.

Começo com este "tratamento" cerca de 45 dias antes de fazer o casais.
Ao decidir quais são os casais com que pretendo iniciar a época de criação, e após este "tratamento", passo à 2.ª Fase que divulgarei em breve.


PS: Tirado do blog de Armindo Tavares 

NOTA : Pelo que diz aqui o amigo, deve-se dar estas coisas no principio do mês de Dezembro

ANTIBIÓTICOS COMO PREVENTIVOS! SIM OU NÃO!?


 





Este ano tinha decidido aplicar a auto-vacina aos meus canários mas depois de conversar com vários criadores e sem chegar a nenhuma conclusão sobre se devia ou não dar a auto-vacina acabei por desistir pois uns eram favoráveis e outros desfavoráveis. Acontece exactamente a mesma discordância quando se fala que na preparação das aves se usam antibióticos como preventivos, uns defendem-nos acaloradamente outros estão liminarmente contra. Pessoalmente acho que não se devem dar antibióticos quando as aves se encontram em perfeitas condições de saúde. Não faz sentido. É quase como nós ser humanos tomarmos um antibiótico, por exemplo; para as dores de dentes sem que tenhamos algum problema dentário.
Como em equipa vencedora não se mexe vou utilizar, este ano, o mesmo método do ano anterior.
Um dos princípios que tento sempre manter é utilizar, sempre que possível, os produtos da mesma marca e/ou laboratório pois diz-me a experiência que um determinado produto pode não funcionar eficazmente sem outro da mesma marca e/ou laboratório. Procuro também fornecer aos meus canários produtos o mais naturais possíveis.
Ultimamente, e passe a publicidade, como estou utilizando os produtos da Zoopan, lembrei-me de lhes escrever no sentido de me esclarecerem sobre esta questão dos antibióticos, com que todos os anos os criadores se debatem remetendo-lhes no passado dia 11 de Dezembro o e-mail que de seguida transcrevo:
Exm.ºs Senhores;

Pelo presente e como utilizador dos produtos Zoopan nos meus canários venho solicitar-vos o favor de me indicarem concretamente quais os produtos Zoopan utilizados na canaricultura que não são antibióticos, este pedido tem a ver com o facto de não fazer sentido a administração de um antibiótico numa ave sem sintomas de doença apenas como preventivo. Passe o exagero da comparação é como um humano tomar um remédio para uma dor de dentes sem a ter.

Pretendo proceder à desparatização interna dos meus canários e o produto da Zoopan que me parece ser o mais eficaz é o Vermizoo no entanto e como não tenho qualquer formação na área da medicina e/ou veterinária não faço a menor ideia se o produto que refiro é ou não um antibiótico.

No ano transacto já utilizei a gama de produtos da Zoopan pelo que agradeço se me indicarem então quais os, vossos produtos, que não são antibióticos para o fim em vista; desparatização interna.

No meu blogue referi o ano passado o esquema que utilizei para a preparação e criação que podem ver na secção Etiquetas, no ítem Alimentação e Afins, localizado no lado direito do blogue

Desde já grato, sou,

Armindo Tavares.



Em resposta ao meu e-mail chegada em 5 de Janeiro de 2011, e que devidamente autorizado transcrevo, diz o Exmo. Snr. Mário Miraldo, do Zoopan, o seguinte:

"… Por motivos de força maior não me foi possível responder às suas questões em tempo útil oportuno.

Não é para nós normal dar uma resposta tão tardia a este tipo de questões e, por isso apresento as minhas desculpas.


Espero que a dedicação que tem dado aos nossos produtos não seja afectada por esta demora, o que seria pena pois deixaria de utilizar produtos com garantia máxima de qualidade.


Indo ás suas perguntas:


Quanto aos nossos produtos que são à base de antibióticos, poderá encontrá-los no ficheiro anexado (Ornitofilia Brochura técnica + Produtos) na pagina 6ª ou antepenúltima em PRODUTOS DE USO VETERINÁRIOS-ZOOPAN. Dos produtos aí encontrados todos são à base de antibióticos (curativos de doenças infecciosas provocadas por bactérias) e anti-protozoários (e curativos à infestações/infecções provocadas por coccidias, tricomonas, histomonas, balantídios, etc.). De todos os produtos da referida página apenas dois não contém antibióticos e estes são o VERMIZOO que é um desparasitante interno (parasitas do intestino, estômago e pulmões) e o BRONCÓLIS que actua como broncodilatador, fluidificante da expectoração e anticéptico das vias respiratórias. Portanto, como poderá verificar, os produtos que contêm antibióticos são os seguintes anti-infecciosos e anti- protozoários: MICORESP, COCCIMIR, ENROXINA, SALMOCÓLI, SULFAPRIME, TYLFUR e TRICOBACTER.

"… este pedido tem a ver com o facto de não fazer sentido a administração de um antibiótico numa ave sem sintomas de doença apenas como preventivo. Passe o exagero da comparação é como um humano tomar um remédio para uma dor de dentes sem a ter…".
 Esta é uma frase sua absolutamente correcta. A utilização de produtos preventivos de enfermidades só poderão ter algum sentido nos seguintes casos:


A) - Quando não se tem a possibilidade de fazer uma quarentena completa, isto é, manter isoladas todas as novas aves que se adquiriram no exterior e se pretende introduzir no aviário. Numa quarentena, o tempo de isolamento mais adequado é, como o nome subentende, de cerca de quarenta dias pois há doenças que se podem rebelar até esse período. Só quando o tempo de isolamento (quarentena), não é utilizado correctamente pelos ornitófilos (raramente usam o tempo recomendado) é que será necessário fazer um "varrimento" ou limpeza preventiva, prática seguida por vários ornitófilos, que consiste , básicamente , na administração (com doses terapêuticas) de um produto de largo espectro de acção para as infecções respiratórias (Micorresp ou Enroxina), um produtos de largo espectro de acção contra os protozoários (Coccimir ou Sulfaprime e ou Tricobacter ) e um produto de largo expectro de acção contra os vermes intestinais, estômago, traqueia e pulmões (Vérmizoo).


B) - Quando o ornitófilo leva as aves para exposições, uma vez que a exposição é sempre uma situação de forte stress para as aves (manipulação, transporte, barulhos, agitação ambiental e alta concentração bacteriana) que, se não estiverem com as defesas orgânicas devidamente habilitadas ficam afectadas por bactérias que provocam doênças que se vão revelar dias após regressarem ao aviário e contaminar todo o bando residente. Nenhum ornitófilo gosta de ser surpreendido com todo o aviário afectado com uma doênça infecciosa quando sabe que pode fazer a prevenção tratando as aves que estiveram na exposição antes de as juntar ao aviário.

Esquema de tratamento utilizado e indicado no seu blogue (dou-lhe os parabéns e desejo-lhe sucesso cada vez maior). Está dentro do que nós recomendamos. Terá melhores resultados se utilizar muito mais vezes o BIO-SAC (na papa) ou BIO-SAC WS (na água) pois, além de reforçar as defesas do organismo contra as infecções bacterianas, vão manter sempre em estado óptimo o eco-sistema digestivo que é muito importante para uma correcta absorção de todos os nutrientes vitais. Há ornitófilos que dão o Bio-sac práticamente todos os dias, com óptimos resultados…"


E pronto, amigos, através desta resposta fica um pouco desmistificada a questão de se dar ou não dar antibióticos às nossas aves na altura em que as começamos a preparar para a época reprodutiva. Como digo no inicio do texto em equipa ganhadora não se mexe pelo que cada criador deverá tirar as ilações que quiser desta prosa que publico a titulo meramente informativo.

ESTA "PAPAROCA" TEM FUNCIONADO LINDAMENTE

7 de Maio de 2011

Quando escrevo neste espaço gosto de o fazer com o máximo possível de certeza pois se há pessoas que me seguem e leem que sabem tanto como eu, também as há em busca de informação de quem tem um pouco mais de experiência.


Conforme referi aqui, durante a primeira postura tive de mudar o modo de alimentação dos meus canários que sem razão aparente "enjoaram" das papas que lhes estava a fornecer e que não continham ovo. Chegando inclusivê a fazer papa caseira pois havia filhotes para alimentar e as mães não se mostravam interessadas no que tinham à disposição.
Prefiro esta marca de couscous composta por granulos bastante miúdos
Não inventei nada pois muitos criadores utilizam este sistema de farinhada que dão aos seus canários durante a época de reprodução, como em tudo com uns resulta com outros nem por isso. Mas comigo resultou, e de que maneira!

O método utilizado é facílimo e os "ingredientes" encontram-se quase todos em qualquer hipermercado.

Couscous com sementes de mistura, demolhados de um dia para o outro
Utilizo três partes de couscous, quatro partes de água, uma parte de sementes de mistura, niger germinado, papa semi-húmida, papa húmida e pontualmente bróculo, da seguinte maneira:

O germinado que junto aos couscous é só de níger
Numa pequena vasilha coloco 3 colheres de sopa de couscous, uma colher de sopa de sementes de mistura e agito bem para interligar as sementes e os couscous, de seguida adiciono 4 colheres de sopa de água e coloco num local fresco de um dia para o outro, tendo sempre em atenção que nesse período de tempo o peparado não azede.

Misturo o níger germinado e os couscous com esta papa.
No dia seguinte com a ajuda de um talher junto ao preparado o níger germinado, aproximadamente duas colheres de sopa rasas e papa semi-humida na quantidade que acho necessária para que os couscous e o germinado fiquem fofos, soltos, húmidos quanto baste e sem formarem grumos.

Há mais de 10 anos que não dava desta papa: Witte Molen
Em recipientes apropriados coloco o preparado só nos casais que têm filhotes e é um regalo verificar a vontade com que os canários se atiram ao preparado; deve-se ter bastante atenção ao seguinte quanto mais húmido for servido o preparado maior é o risco de azedar, assim o melhor é servir sempre pequenas porções por forma a que as aves comam tudo no mais curto espaço de tempo.

Pontualmente e apenas como guloseima dou bróculo
Apesar do conselho que dou acima eu coloco sempre o recipiente cheio e, até agora talvez por sorte, nunca tive os couscous azedados, de qualquer forma só se os canários não tiverem outro alimento é que "pegam" nous couscous ou outro alimento azedo, para já, pelo menos comigo isto tem funcionado bem.

Também enquanto os canários estão em criação tenho sempre à disposição deles um outro recipiente com papa que no caso actual é a Witte Molen.
Há que se ter algum cuidado com este preparado pois engorda demasiado os canários, mesmo com estes a ajudarem na alimentação das crias, e depois não galam em condições.
Pontualmente e apenas com guloseima dou-lhes de vez em quando bróculo.
Já há cerca de duas semanas que em vez de dar o niger germinado misturado com os couscous as sementes e a papa, estou a dá-lo misturando-o logo com os couscous de um dia para o outro como faço com as sementes e não notei que os canários dessem pela diferença.
Como está a dar resultado em equipa que ganha não se mexe!...
 
PS:  -   TIRADO DO BLOG DE ARMINDO TAVARES

PAPA DE CRIAÇÃO

16 de Abril de 2010

Por experiência sei que o que funciona comigo, em termos de métodos de criação de canários, pode não funcionar ou dar o mesmo resultado se utilizado por outro criador. De um modo geral os métodos de criação são similiares, havendo ligeiras variações, mas sempre com o mesmo fim; a obtenção do melhor resultado possível.
Também já tive a minha fase de fazer perguntas, antes da Net, a criadores que sabiam mais do que eu, com o aparecimento da Net a fazer pesquisas, por blogues, fóruns, artigos e mais uma panóplia de sites vocacionados para a criação de aves.
Tudo isto bem a lume porque há dias uma pessoa que segue este blogue - ao ler isto ele saberá a quem me refiro - e que é iniciante nesta coisa da criação de aves (vim depois a saber que se está a inicar na raça do Canário Arlequim Português) disse-me mais ou menos isto: "- Sabe ando a seguir o seu blogue estou a seguir os seus métodos e estou satisfeito com o resultado!". Esta simples frase soou como um sinal de alarme na minha mente. Porque apesar de ter a noção das pessoas que diariamente acorrem a este espaço e apesar de ter o maior cuidado em tudo o que escrevo, o que transmito neste espaço são os meus parcos conhecimentos e as minhas opiniões pessoais.
Tenho este blogue pelo prazer que me dá partilhar os meus passarinhos, bons ou menos bons, com quem me segue e visita este espaço, pelo prazer que tenho em emitir a minha opinião sobre várias matérias em alguns casos discordando noutros concordando com opiniões de outras pessoas, sempre de forma sadia, responsável, e salutar; mas confesso (que além de ter gostado de saber que ajudo alguém) não me passou pela cabeça que houvesse pessoas a seguirem os meus métodos.
Por o que atrás disse vou colocar a seguir o "esquema" que este ano estou a utilizar para a papa que dou aos canários que têm filhotes, alertando mais uma vez que o que para mim dá resultado pode não dar com outro. Comecei incialmente por dar só germinado e papa (o meu germinado é só semente de níger). Depois experimentei adicionar mistura cozida na papa e reduzi ao germinado e aconteceu uma coisa engraçada dois ou três casais andavam atrás dos filhotes para os alimentar e estes, saciados, fugiam o que me levou a concluir que as sementes cozidas enchiam demais os pássaros, além do perigo de azedarem mais rapidamente quando o tempo quente aparecesse. Assim, optei por seguir o método que de certeza muitos utilizam mas poucos divulgam que consiste no que a seguir explico, passo a passo:


1 - Calculo aproximadamente a quantidade de mistura normal de canário que vou precisar para o dia seguinte e coloco-a numa vasilha adicinando-lhe água até a cobrir, ficando assim por 24:00 horas;

2 - Calculo a papa que vou dar aos canários que têm filhotes e coloco-a numa vasilha;

3 - Adiciono à papa, depois de bem escorrida, a mistura que ficou de molho desde o dia anterior;

4 - A papa depois de bem envolvida com a mistura fica com o aspecto da foto acima.

5 - Como por muito bem que se calcule sobra sempre papa adiciono, à papa com mistura humedecida, uma colher rasa de sopa de mistura seca; (mais abaixo explico porquê)



6 - Depois dos 5 passos acima referidos junto, finalmente, o germinado (no meu caso semente de níger);


7 - Aspecto final da papa, pronta a dar aos casais que têm filhotes.

Porque junto a mistura de sementes secas na papa? Simples, mal aos pais não faz, porque a dão às crias e estas quando saiem do ninho e começam a debicar depois de comerem as sementes mais amolecidas vão "treinando" a descascar as duras e começam a comer sózinhas bastante mais cedo. Para além disso a papa que sobra vai para a voadora onde os juvenis se deliciam com ela.
Como veem uma maneira simples e eficaz de se aproveitar tudo.

PS. Tirado do Blog de Armindo Tavares

A COLORAÇÃO NO ARLEQUIM PORTUGUÊS


 

Vários amigos e iniciantes na criação do canário arlequim português me têm questionado acerca do modo como se deve ministrar o corante, para obtenção da coloração ideal.
Não há muito a explicar nesta matéria e só posso falar pela experiência pessoal neste campo de "pintar" o arlequim com o factor vermelho.
O método utilizado é o aconselhado para a coloração de qualquer canário que tenha factor vermelho, isto é, deve-se dar o corante a partir dos 45 dias de vida, ou seja logo que os filhotes são separados dos progenitores.


Bogena

No caso do Canário Arlequim Português se se der o corante logo de inicio, em algumas partes em que a ave tem vermelho, o corante vai "borratar" o vermelho isto é: há uma parte acentuadamente bem pigmentada que se vai diluindo do centro para o exterior ficando o vermelho meio esbatido. A cor vermelha, no arlequim, deve terminar,na minha opinião (e á assim que tento obtê-la)o mais parecido possível como se, por exemplo: se tivesse traçado um risco a delimitá-la.
Can-Tax

Há quem comece a dar o corante mal fazem o acasalamento, mas aí o que vai acontecer é que as aves vão ganhar um vermelho muito mais intenso o que nem sempre é bom nos canários que se vão apresentar a concurso, para além de que haverá situações de excesso de corante que prejudicará o fígado do canário aliás, fácil de detectar pois as fezes, como o corante não é absorvido para as penas, são expelidas com a cor avermelhada.
Quikon

Já há alguns anos criei canários de factor vermelho e o corante que sempre utilizo é um destes tês, cujas fotos acompanham este comentário, e que utilizo consoante a sua disponibilidade no mercado. Na minha opinião qualquer um deles é muito bom corante a única coisa que fazia, ainda faço e aconselho é que se use sempre a mesma marca de corante desde a altura em que se começa a dar, até ao fim da muda. Se assim não fôr corre-se o risco de a cor avermelhada, que se pretende uniforme aparecer "manchada".

Deve-se ter sempre em atenção que o Canário Arlequim Português é um canário de porte, equilibradamente variegado, com factor vermelho. Só assim servem para concurso, aliás foi "baptizado" com o nome Arlequim precisamente pela obrigatoriedade do seu variegado.
 
 
PS. Tirado do Blog de Armindo Tavares

A VISITA AO MEU CANARIL DE UM GRANDE AMIGO

No passado dia 4/10/2013 tive como visita ao meu canaril um grande amigo. Vejam só de quem se trata :  " O SR. ARMINDO TAVARES "
Pois é motivo de um grande orgulho ter amigos deste género. Ensinou-me muitas coisas que eu desconhecia e até se deu ao luxo de me ensinar a preencher um boletim de inscrição de um concurso,
coisa que não sendo difícil o seu preenchimento, faz sempre jeito a quem vai pela primeira vez a um concurso.
" ... ... eu sei  que o meu amigo não quer que se faça esta justiça, pois já falamos sobre o caso, mas o seu ao seu dono ... eu costumo dizer " A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR " e é...meu amigo ... nestas pequenas coisas que se vê onde estão os amigos .... ... " .
Mais ... ensinou-me a separar os meus passarinhos ... coisa que ainda estou ... (estava  ... basta ser bom aluno) ... um bocado atrasado em relação ao que pensava ser o melhor. Infelizmente, não o era ... disso estou agora convencido. Obrigado, meu grande amigo " Sr. Armindo Tavares " pela grande ajuda que me deu.
Espero para o ano ter boas crias e espero que leve daqui bons reprodutores. Nunca esquecerei que foi com o Sr. Armindo Tavares que comecei ... daí que a minha procedência, no que diz respeito a passarinhos, seja inteiramente da sua responsabilidade. Foi aí que comprei os meus primeiros quatro casais de Arlequim Português e o Sr. Armindo Tavares fez o favor de me dar um casal que ia levar a concurso mas que não estavam em condições de concorrer ... eu e ele sabemos o porquê !!!.  Hoje, gosta imenso desse canário e dos seus filhotes. Por isso me mandou separá-los a todos ...  ...  e não só  !!! Quanto à canária, o ano passado deu cinco e este ano só deu um ... separado, igualmente ... ( não foi por culpa dela mas eu não deixei que ela criasse mais por causa de uma pequena coisa que lhe apareceu na poupa ... felizmente, já está tratada)
Obrigado, uma vez mais. Espero continue a aparecer por estas bandas ... a minha casa está à sua inteira disposição.
Um grande abraço
Canários Tsilva

 

sexta-feira, 26 de julho de 2013

MUDA DA PENA nos Canarios


Muda da pena

Embora sejam muito resistentes, as penas com o tempo começam a perder o brilho e desgastarem-se, precisando serem trocadas.

Trata-se de um processo normal na vida das aves, relacionado a factores biológicos ligados aos hormônios produzidos pela tiróide.
A muda ocorre todos os anos e inicia-se após a época de cria,
(não se deve permitir que se estenda demasiadamente a procriação pois irá prejudicar a época ideal para a muda - verão). Se o pássaro foi bem alimentado irá mudar suas penas facilmente e não passará de 6 a 8 semanas. Nesta época a ave pode perder boa parte das penas ao mesmo tempo, mantendo, entretanto, uma razoável quantidade para proteger o corpo e voar.

Se a temperatura estiver elevada, bastante quente, isso irá antecipar a muda do canário, por outro lado, terminará mais cedo. Em climas moderado e fresco, ela atrasa um pouco.

É recomendado fornecer ao pássaro uma dieta correcta para esta ocasião.
Uma alimentação rica em cálcio, casca de ovo, vegetais, mistura de grãos com maior quantidade de óleo e farinhada com ovo. A água de beber será trocada diariamente e poderá acrescentar algumas gotas de complexos vitamínicos que contenha ferro.


Nos adultos a troca de penas do rabo, das asas, e demais penas inicia-se do centro para as extremidades. A muda das penas das asas ocorre simultaneamente em ambas e aos pares, no corpo ocorre a muda quase por inteiro, terminando na cabeça.
As penas caem naturalmente e devagar sendo que quase nem se percebe que o pássaro está na muda; se o pássaro voar com dificuldades, começar a aparecer a pele, isto não é normal para a época de muda e pode ter sido causado pela má alimentação ou outras causas, não pela muda.

Banhos de sol pela manhã (8 às 9 horas) ajudam bastante na muda. Mantenha a higiene das gaiolas, evite que o pássaro fique em correntes de ar e forneça banheiras com água limpa para banhos.

A MUDA NOS FILHOTES:

Os filhotes nascem nús com uma finíssima plumagem, e aos poucos vão aparecendo as penas e quando saem do ninho já estão empenados por inteiro.

Os filhotes também mudam de pena em torno do terceiro ao quarto mês de vida, o que chamamos de muda de ninho. Mudam somente as penas do peito e da cabeça, pois as penas das asas e do rabo só mudarão no próximo ano.

MUDAS PRECOCES:


As mudas precoces são consideradas aquelas em que as penas são trocadas fora de sua época normal.

Bruscas mudanças de ambiente, temperaturas muito elevadas, sustos anormais, luzes que acordam as aves durante o seu sono, entre outros factores, são causadores de uma muda precoce.

Um pássaro que entra em muda precoce é um pássaro triste e sempre estará encorujado. Ele não cantará. Teremos que aguardar, com paciência, o término do processo. Isto poderá atrasar o "apronto" da ave para a reprodução.

Devemos trata-lo muito bem, administrando algumas vitaminas e evitando ao máximo incomoda-lo.
 

A importância da muda da pena



Após o período fantástico, que é a reprodução de canários, seguem-se outros não menos importantes.

Durante os primeiros meses do ano, isto é, de Fevereiro a Junho, a maioria dos canáricultores andam entusiasmados e ocupados, na perspectiva de criar as condições ideais que permitam que as aves possam criar CAMPEÕES !!! Assim, depois deste ciclo de reprodução, e quando a época corre favoravelmente, as gaiolas ficam com uma série de jovens aves prontas a desenvolver e a manifestar as características genéticas que os caracterizam.

Este novo período é de enorme importância e não deve ser descurado, se não vejamos o que se segue:
- Os canários, após a saída do ninho, começam a alimentar-se sozinhos

- Quando estes atingirem 30 dias podem ser colocados numa gaiola própria e afastados dos país.

- Nesta altura já estão a efectuar uma pequena muda, em que substituem a penugem inicial pelas penas “intermédias”

- Começam a ficar mais activos e procuram alimentos que lhes forneçam a energia necessária

- Na época mais quente (Julho e Agosto) iniciam e completam a grande muda. Neste período existe um grande desgaste por parte das aves, pois dá-se a substituição de todas as penas. A muda não é uma doença, mas sim um estado doentio, que exige um grande esforço das aves. Nesta altura os machos deixam de cantar, ficam bastante estáticos e deve-se evitar população em demasia nas gaiolas.


Dicas:

Assim deixamos algumas dicas para que este período passe de forma tranquila e com sucesso:

- Idealmente as aves deveriam ser colocadas em gaiolas individuais

- Como alternativa devem ser colocados em grandes voadouros

- Deve existir um cuidado especial para fornecer as vitaminas e sais minerais adequados

- Deve ser colocada, pelo menos 1 vez por semana, uma banheira para o banho

Se este período tiver corrido de feição, poderemos observar as aves e analisar a qualidade das mesmas.

É necessário estarmos atentos para a seguinte situação:

QUANTIDADE NÃO É SINÓNIMO DE QUALIDADE

Também após este período muitos criadores ficam desanimados devido à qualidade das aves criadas e que aquando das exposições não obtém as pontuações desejadas.

É muito importante começar com uma linha de qualidade. 
 

A muda nos Canários

A muda da pena nos canários, como noutras aves, indica a preparação para o Inverno, dela vão resultar novos mantos, belíssimos mantos brilhantes que os protegerão das intempéries de uma estação onde o frio e a humidade imperam. Assim, com uma plumagem nova e quase impermeável, mais facilmente conseguirão sobreviver.

Quando pelo chão do canaril começam a aparecer penas é porque as aves começaram a mudar a plumagem. Geralmente inicia-se em Agosto para os filhotes da primeira ninhada. São as jovens aves que dão inicio à muda seguindo-se os progenitores. Os canários do ano normalmente não mudam as rémiges, lectrizes e tétrizes, tornando-se a muda menos penosa que nos adultos onde a mudança é total e exaustiva. As aves tornam-se mais débeis e vulneráveis a doenças. Para que a muda tenha êxito são necessários espaço, boa alimentação, bom arejamento do canaril, higiene periódica e um ambiente calmo evitando ao máximo o stress.

Os cuidados para uma plumagem sedosa, macia e brilhante começam no ninho mesmo antes dos primeiros ovos. Muito importante para as aves que necessitam de pigmentação artificial tanto aves melânicas como lipócromas, essencialmente de factor vermelho e amarelo. É aqui que se deve preparar a coloração tendo para isso o criador de fornecer a pigmentação artificial própria para cada tipo de ave tendo em conta se é melânica ou lipócroma e neste último caso se a ave necessita de pigmentação vermelha ou amarela.

Em todo o caso devem-se tomar precauções porque as substâncias que permitem a coloração artificial são filtradas pelos rins e fígado dando por vezes origem a doenças renais ou biliares. Eu, embora crie canários essencialmente melânicos (Canários Lizard e Borders em que não são admitidos corantes) administro regularmente um fármaco veterinário à base de Sorbitol. Costuma este composto estar aliado também a Lisina e a Colina. Tem um efeito benéfico sobre vários factores incluindo intoxicações no fígado e rins. Tenho este cuidado devido a possíveis sobrealimentações que muitas vezes passam despercebidas.

A alimentação é muito importante para a formação das penas e consequente mudança da plumagem. Os filhotes bem nutridos, a meu ver, evidenciam-se quando os “canudos” estão quase negros no dia da
anilhagem (5º a 6º dias). Para isso devem ser alimentados, de preferência, com os sucos gástricos tanto da mãe como do pai, com a papa de cria, sementes germinadas ou cozidas (Eu utilizo as germinadas), alpista e aveia descascada (A aveia deve ser o mais branca possível e sem pó). A partir do 5º dia junto maçã. Ao 10º dia costumo inserir verduras. Pessoalmente prefiro as ervas do campo: Brássicas, Crucíferas e Beldroegas. Dou uma vez por semana. Quando separo as crias tento manter a mesma dieta eliminando, nas duas primeiras semanas as ervas, voltando a serem dadas com a mesma periodicidade.

Muito cuidado ao administrar ervas do campo pelos seguintes motivos: Os pesticidas, os parasitas, fezes e urina de animais. Deve-se escolher muito bem o local onde se apanham as plantas, de preferência devem vir do nosso quintal ou dos nossos vasos. Para libertar as ervas dos parasitas basta ficarem imersas em água com vinagre de vinho durante uma hora deixando secar ao sol.

Quando os canários vão para o voadouro, passadas cerca de duas três semanas começamos a notar algumas plumas no chão. Trata-se de uma pequena muda que por vezes acaba dentro de outras duas semanas. É como que uma preparação. A muda, não é repentina, tem fases consoante a temperatura e luminosidade e também a humidade. Nos Verões em que o calor é prolongado e o ar seco, a muda atrasa-se. A altura em que é mais acentuada geralmente ocorre em Agosto e princípios de Setembro para os canários do ano. Mas isto acontece no meu sistema de criação porque as minhas aves começam a reprodução em finais de Fevereiro princípios de Março sensivelmente. Para outros sistemas de criação, especialmente para quem começa a criar muito cedo, a muda será igualmente mais cedo.

Há que ter cuidado com alterações bruscas de temperatura e luminosidade especialmente porque a sua oscilação provoca uma muda súbita o que não seria nada agradável no meio do período da reprodução. Outra situação é o Stress. Muitas vezes depois das exposições ou mudança de instalações as aves entram em muda. Os meus canários, quando acidentalmente tive que fazer umas alterações ao canaril, tiveram uma muda diferente dos outros anos em que o ambiente era calmo. Notei que a muda não se dava continuamente, existindo fases em que a queda das penas era maior e outras em que quase não caíam.

O “desmame” da alimentação das crias deve ser orientado para a alimentação própria da muda da pena. Os antigos punham nos voadouros sebo de vaca. Diziam que os canários ficavam com as penas mais brilhantes. Não é por acaso que tal acontecia pois a gordura, além do mais, tem que estar presente nesta época. Como vamos dar gordura? Com sebo de vaca? Claro que não precisamos de correr riscos, com todo o tipo de doenças que este tipo de “truque” passado de gerações em gerações causava. Pois talvez a mortandade das aves fosse avassaladora. Pessoalmente penso que a melhor forma das aves obterem a gordura correcta de que necessitam é através das sementes germinadas. Nas sementes germinadas, a sua gordura está presente como alfatocoferol vitamina liposoluvel, a vitamina específica do crescimento, renovação e construção de tecidos, necessária à reprodução e essencial na renovação das penas.

Este preparado de sementes está incluído na alimentação dos meus canários durante todo o ano (embora em dosagens diferente). Nesta altura, elas fazem parte da ementa dos meus canários diariamente. Mas atenção! Para a alimentação com estas sementes são necessários cuidados especiais pois a isso o exigem sob pena da proliferação de fungos, bolores e bactérias tipo salmonelas, colibaciloses e cândidas.

Se a temperatura subir acima dos 30ºC mudo as sementes duas vezes por dia assim como os recipientes em que ficaram, colocando-os em água com lixívia ou vinagre de vinho. Se a temperatura não for tão alta basta uma vez. Não guardo restos de sementes, preparando-as para isso todos os dias. Dou também papa com vitaminas e aminoácidos essenciais próprias destinadas ao aceleramento e boa formação das novas penas. Os aminoácidos que devem estar presentes na alimentação serão, a lisina, metionina e cistina como também a biotina.

Continuo com alpista diariamente e aveia descascada em dias alternados. Tendo atenção o funcionamento dos intestinos, junto ao esquema alimentar ervas duas vezes por semana (por exemplo à segunda-feira e à quinta-feira). Tenho o hábito de deixar um recipiente bastante largo com terra que foi retirada do meu quintal no início das chuvas no Inverno. Nesta altura a terra está limpa contendo muitos nutrientes que os canários adoram tendo também o deleite de se “espojarem”.

Quando está prestes a terminar a muda deixo de fornecer aveia pois a necessidade de hidratos de carbono diminui. Visto isto para evitar a obesidade deixo os canários com uma dieta que denomino de dieta de repouso. Consiste essencialmente em alpista, sementes germinadas em proporções muito menores que anteriormente, papa de muda também muito simbolicamente, ervas, maçã e cenoura em dias alternados. Adiciono também papa com alho em pó.

Quando há uma grande população no canaril os cuidados com a higiene devem ser redobrados. Pessoalmente troco os bebedouros e comedouros de sementes germinadas diariamente por outros que tiveram imersos em água com lixívia e que ficaram expostos ao sol durante um dia. Renovo os tabuleiros do fundo das gaiolas por outros lavados em que coloco no fundo sal sendo cobertos por folhas de papel, pode ser jornal. Assim é mais difícil que ácaros e bactérias proliferem pois o sal inibe o aparecimento destas. Todos os utensílios de madeira são pincelados por uma solução de óleo de soja misturado com um acaricida em pó, deixando secar posteriormente os utensílios. O chão do voadouro contém areia de gato nos locais onde as aves defecam, sendo renovado semanalmente ou se a população é muito elevada mais amiúde.
Lavo o chão com uma esfregona molhada em água com um pouco de lixívia. Nesta altura deixo as janelas abertas provocando um grande arejamento durante duas ou três horas. Nunca tive problemas, no entanto há quem em vez de lixívia junte vinagre de vinho, substância inócua com um elevado poder de desinfecção.

Todo o voadouro tem poleiros individuais, tipo poleiro casinha de plástico que impedem a picagem, aumentando o espaço útil não havendo aves sujas. Outra vantagem é que o próprio voadouro mantém-se mais tempo limpo.

O arejamento do espaço é vital para bons resultados e nesta fase é muito importante pois mais do que nunca as aves necessitam de ar limpo isento de partículas nocivas à sua saúde. Nos dias de muito calor pode abrir as janelas durante o período da manhã fechando-as quando a temperatura começa a subir. Assim como no fim da tarde e eventualmente durante a noite, se a amplitude térmica não for exagerada. Mas reside o problema do pó das penas e claro, as plumagens. Sugiro, para uma boa ventilação e filtragem do pó e das plumagens, um sistema feito com uma caixa em que numa extremidade coloca-se uma ventoinha que obriga o ar a entrar dentro da caixa. Colocando na abertura de entrada da caixa uma rede com malha de aproximadamente 1 cm e no meio um filtro feito com uma espécie de tecido tipo “Drakalon” à venda nas retrosarias (costuma servir para encher edredões). A caixa deve localizar-se num canto do canaril de preferência no chão.

Um sistema de emergência para aqueles dias de calor abrasivo pode ser usar mesmo uma pequena ventoinha. Se eventualmente vivermos num local sujeito a fumos de escape, ou outros será melhor utilizar um ionizador para filtragem e purificação do ar.

O espaço é medido teoricamente por cerca de 4 aves por metro cúbico. A meu ver penso que o espaço deve ser contabilizado apenas pela parte útil. Quero com isto dizer local para alimentação individual, local de voo, local de descanso e banho. Os canários nesta altura sentem a necessidade de bando tendo comportamentos próprios das espécies que vivem em comunidade. No entanto não significa que se amontoem. Uma sobre população leva inevitavelmente e naturalmente à proliferação de doenças como tentativa de reequilibrar esta mesma população. Pois naturalmente quando há excesso de população a Natureza despoleta a defesa de eliminar parte dessa população. Em consequência teremos aves mais débeis, pior nutridas, com comportamentos como a picagem e atreitas a doenças. A arquitectura do espaço do canaril terá de passar pelo espaço útil de cada indivíduo assim como todas as actividades próprias do bando.


 

Canários T. Silva