25 de Setembro de 2010
* CANÁRIOS ARLEQUIM PORTUGUÊS * O Variegado
Como sempre, nos meus escritos, começo por
alertar as pessoas que me lêem, que o que escrevo mais não é do que mera
observação pessoal sem qualquer carácter cientifico ou vinculativo, seguindo
estas experiências que transmito quem quiser e muito bem entender.
Tenho verificado com alguma regularidade o
aparecimento de aves com o lipocrómico branco oriundas de casais em que uma das
aves é equilibradamente variegada e a outra é quase totalmente melânica. No caso
concreto da melânica são as chamadas aves "azuis", algumas das quais até
"aceitam" a coloração artificial aparecendo de um modo bastante diluído o factor
mosaico, as autoras de tal observação. Até aqui nada de anormal o objectivo é
mesmo esse, obtenção do branco por causa do mosaico, o problema é que as aves
que nascem desse acasalamento, numa percentagem elevada, carecem de factor
vermelho, são aves lindíssimas relativamente à cor, mas não servem para mais
nada que não seja para reprodução uma vez que qualquer ave com aquelas
características apresentada a concurso é imediatamente
desclassificada.
Como digo a solução é usá-las para a reprodução e neste caso o que temos de juntar a uma ave destas? Segundo as observações e experiências que tenho feito obtêm-se alguns bons resultados se acasalarmos com estas aves uma ave variegada com predominância do melânico e com o mosaico bem marcado. Em alguns casos temos agradáveis surpresas na coloração obtida.
Tenho vindo a seguir os conselhos do Prof. Dr. Armando Moreno, tentando acasalar arlequins sempre equilibradamente variegados e ir "eliminando" os que nascem com nenhum ou pouco variegado.
Sendo certo que o tempo que levo de criação do
canário arlequim português é, ainda, diminuto apercebi-me que é prematuro
"desfazermo-nos" de imediato das aves com pouco ou nenhum variegado! Porquê?
Simples! É que com o continuo acasalamento de aves equilibradamente variegadas
vai haver tendência, ao fim de algum tempo, para obtenção de arlequins em que o
variegado é demasiado escuro (melânico) ou demasiado claro (lipocrómico)
deixando assim de serem arlequins equilibradamente variegados para passarem a
ser apenas arlequins variegados.
Não sei se o sistema que utilizo para ultrapassar esta situação será correcto mas o que tenho vindo a fazer com, aliás, resultados que me satisfazem são acasalamentos, por exemplo: de um arlequim variegado com predominância melânica, com um arlequim com pouco ou nenhum variegado de predominância lipocrómica, utilizando o mesmo sistema na situação inversa.
Não sei se o sistema que utilizo para ultrapassar esta situação será correcto mas o que tenho vindo a fazer com, aliás, resultados que me satisfazem são acasalamentos, por exemplo: de um arlequim variegado com predominância melânica, com um arlequim com pouco ou nenhum variegado de predominância lipocrómica, utilizando o mesmo sistema na situação inversa.
Deste acasalamento, obtêm-se aves
equilibradamente variegadas, aves variegadas e aves com pouco ou nenhum
variegado. A partir daqui o criador terá que ter sensibilidade para seleccionar
as aves que irão ser utilizadas na reprodução do próximo ano a fim de tentar
obter o resultado pretendido.
Apesar de tudo o que digo também é verdade que por muitas "contas" que façamos quando juntamos duas aves equilibradamente variegadas, por vezes os filhotes nascem sucessivamente com pouco ou nenhum variegado e noutros casos quase nos apetece saltar de contentamento com um ninho cheio de passarinhos multicoloridos.
Apesar de tudo o que digo também é verdade que por muitas "contas" que façamos quando juntamos duas aves equilibradamente variegadas, por vezes os filhotes nascem sucessivamente com pouco ou nenhum variegado e noutros casos quase nos apetece saltar de contentamento com um ninho cheio de passarinhos multicoloridos.
Escusado será dizer, pois penso que todos sabemos isso, geneticamente é impossível fixar as cores nos arlequins mas também não é menos verdade que esta incerteza sobre as cores que as aves nascidas irão trazer é mais um estímulo para o criador que, ansiosamente, espera ter os filhotes com as cores que idealizou. São situações como esta do variegado, no canário arlequim português, que fazem com que este seja um canário único na ornitologia mundial e que os seus apreciadores comecem, agora, a aparecer como as formigas num açucareiro, alguns um pouco "envergonhaditos" mas já com a "febre" de ver o que vão "tirar".
As fotos dos canários que fazem parte destes escrito, são de exemplares nascidos nas minhas instalações, dois tasi que não servem para concurso, mas que são óptimos para utilzar nas situações que referi.
Boa sorte para todos!
27 de Março de 2010
TÊM POUCO VARIEGADO!!! QUE FAZER?! - II
Há algum tempo
atrás, escrevi ácerca dos canários arlequim português que não eram variegados e
o que se deveria fazer com essas aves opinando, inclusivé, que esses canários
deveriam ser usados como reprodutores, pois para concurso, é mais que óbvio que
não servem, em virtude de serem fortemente penalizados, na cor, sejam eles
predominantemente melânicos ou predominantemente lipocrómicos.
Temos de ter em consideração que
o Canário Arlequim Português é um canário de porte, passando a questão da cor,
hipotéticamente, a um parâmetro secundário pois só vale 10 pontos. Na minha
opinião a cor deveria ser mais valorizada pois só assim se entende a
obrigatoriedade do canário ser matizado!
O baptismo do canário com o nome
de Arlequim, não foi por acaso, senão vejamos; o Arlequim era um personagem da
antiga comédia italiana que usava um traje feito de retalhos multicoloridos,
geralmente, em forma de losangos. Ao ser "baptizado" com este nome
implicitamente o canário ficou "obrigado" a ser variegado e/ou multicolorido,
que é no fundo uma das razões que faz com que o Canário Arlequim Português seja
diferente de todas as outras raças.
Se inicialmente era obrigatório
o canário ter seis cores, hoje apenas é obrigatório que seja variegado. Antes
era obrigatório o factor mosaico, actualmente não é.
Em ambas as situações referidas
no parágrafo anterior o Clube do Canário Arlequim Português, no seu site
oficial, não toma qualquer posição no sentido de repor a obrigatoriedade das
famosas seis cores, nem tão pouco o factor mosaico (que convenhamos dá uma
beleza impar ao canário).
Se, por exemplo, fosse
obrigatório o Canário Arlequim Português possuir as famosas seis cores como
originalmente estava previsto, como se iriam determinar a criação de classes
para aves com uma determinada percentagem de lipocrómo e melânico, conforme já
li? E, mais uma vez, o que se iria fazer aos Arlequins que não possuíssem as
necessárias cores? Será que correriam o risco de serem utilizados só como
simples reprodutores? Creio que não é uma politica correcta a seguir pois pelo
facto do canário não ser equilibradamente variegado não deixa de ser um Canário
Arlequim Português, uma raça portuguesa de porte.
Continua a questão do inicio
desta prosa, mas então, têm pouco variegado!!! que fazer?!
Na minha modesta
opinião pessoal resolvia o "problema" de uma
forma simplista, simpática, que eliminaria 98% do "problema" da côr e mais
importante ainda, o Arlequim continuaria a pautar a sua presença na ornitologia
continuando a fazer a diferença para as outras raças; em vez de haver classes
para percentagens de lipócromo e melânico como em algumas raças de porte (e nós
sabemos a confusão que às vezes dão com aves fora da classe por causa da tal
percentagem mais ou
menos lipocrómica ou melânica) para o Arlequim criar-se-iam apenas três classes,
a saber: Canário Arlequim Português com três cores, Canário Arlequim Português
com quatro cores e por fim Canário Arlequim Português com cinco ou mais cores.
Paralelamente e, aqui sim, como nas outras raças haveria uma classe machos e uma
classe fêmeas.
Esta é só mais uma opinião como
qualquer outra mas diferente, das existentes, tal como o Canário Arlequim
Português.
PS: Foi tirado do blog de Armindo Tavares
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Concordo plenamente com o que está escrito. Na minha modesta opinião e porque sou ainda novato nestas andanças, depressa cheguei à conclusão de que é necessário ser persistente e muito dedicado a esta causa para que se obtenha resultados que valham a pena.
Quanto a côres ... acredito que mais dia menos dia serão aceites cinco ou mais côres, incluindo o mosaico, como nos outros canários, embora reconheça que o canario arlequim português É e SERÁ sempre o " CANARIO AELEQUIM PORTUGUÊS "
Dos poucos casais arlequim português que tive a ciar em 2012, posso garantir que tive um caso que, para mim e não só, foi um caso raro. De entre 9 irmãos, um nasceu bas- tante variegado e dos restantes 8, nenhum nasceu variegado, parecendo o variegado filho de outro casal.
Meus amigos, esta é a minha opinião, claro.
Tsilva.
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Concordo plenamente com o que está escrito. Na minha modesta opinião e porque sou ainda novato nestas andanças, depressa cheguei à conclusão de que é necessário ser persistente e muito dedicado a esta causa para que se obtenha resultados que valham a pena.
Quanto a côres ... acredito que mais dia menos dia serão aceites cinco ou mais côres, incluindo o mosaico, como nos outros canários, embora reconheça que o canario arlequim português É e SERÁ sempre o " CANARIO AELEQUIM PORTUGUÊS "
Dos poucos casais arlequim português que tive a ciar em 2012, posso garantir que tive um caso que, para mim e não só, foi um caso raro. De entre 9 irmãos, um nasceu bas- tante variegado e dos restantes 8, nenhum nasceu variegado, parecendo o variegado filho de outro casal.
Meus amigos, esta é a minha opinião, claro.
Tsilva.
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