terça-feira, 18 de agosto de 2015

ALGUMAS FOTOS DOS MEUS CANÁRIOS DE 2015

Olá amigos

Conforme prometi, publico aqui algumas fotos dos meus canários de 2015. Não têm muito que ver ,,,, estão agora no meio da muda.
Eis, pelo menos,nove fotos e cinco videos:
dentro do meu canaril
estão cá fora, ao ar livre, no meu canaril

Dentro e fora do meu canaril lá vão andando
dentro e fora dp meu canaril lá vão andando

dentro e fora do meu canaril lá vão andando

dentro do meu canaril
estão cá fora,ao ar livre,meu canaril

dentro do meu canaril










                                                              dento do meu canaril
                                                               dentro do meu canaril
                                                                  dento do meu canaril

Pois é ...fora ao ar livre e dentro do meu canaril, lá vão andando, ,,.. não têm mesmo nada que ver ... mas prometi ! ? .... ....

Canários T.Silva
                    :





sábado, 8 de agosto de 2015

ÁCARO DA TRAQUEIA

O Fantasma dos Criadores de Canários

Nomes estranhos como Sternostoma tracheacolum, mais comum, Cytodites nodus ou Psittanyssua e mais uns 30 nomes esquisitos como estes, não assustam tanto o criador de canários quanto ouvir o simples apelido "ácaro de traqueia". Estes são alguns dos tipos desse verdadeiro fantasma para os canaricultores do Brasil e do mundo. O ácaro de traqueia encontra-se no meio ambiente, alimentando-se de detritos e poeira, instalando-se oportunamente nas vias respiratórias das aves, podendo atacar a traqueia, sacos aéreos, pulmões e até mesmo ossos pneumáticos. Esses ácaros provocam lesões inflamatórias no trato respiratório, provocando irritação e perda da "voz", e em casos extremos pode ocorrer morte por asfixia devido a alta infestação. Tratamento O tratamento de eleição para controlar esses ácaros é o uso da ivermectina, administrada de 15 em 15 dias até sanar o problema. Tomar cuidado com a época de aplicação e período de recesso na reprodução, para sucesso no tratamento. Esses períodos devem ser analisados e determinados pelo veterinário responsável pelo plantel, de acordo com a espécie, condições nutricionais e fisiológicas da ave. Ao se necropsiar uma ave parasitada por ácaros, encontra-se um quadro de intensa irritação do trato respiratório (pontinhos pretos) desde a traqueia até os pulmões. Essa irritação provoca dificuldade respiratória, queda no sistema imunológico e uma consequente instalação de patologias, secundárias (Mycoplasma, bactérias, vírus, fungos) que geralmente são a causa das mortes nas aves. Muitas vezes, mesmo matando o ácaro, as cicatrizes das lesões não permitem uma total recuperação da "voz", e em outros casos não se observam sequelas. Levando-se em conta a grande extensão do sistema respiratório das aves, a cronificação dessas infecções secundárias pode tornar-se um problema de difícil solução por atingir os sacos aéreos que estão distribuídos por todo corpo. É fundamental que o veterinário diagnostique e trate essas infecções para evitar a morte do animal. Esse é o maior erro de todos os criadores, achar que o ácaro é um problema isolado enquanto ele apenas abre portas para infecções mais sérias. A ivermectina apenas mata o ácaro, enquanto a infecção secundária deve receber a terapia específica

. Prevenção

Qualquer terapia não deixa de ser mais um stress para o animal, de onde devemos concluir que a prevenção continua sendo a melhor via de sucesso na criação. Isto não significa o uso de medicamentos para a prevenção que é praticamente um crime, e sim, cuidados de manejo como alimentação balanceada e contínua (sem mudanças bruscas), ausência de correntes de vento, evitar levantar poeira no criadouro  e outras formas de stress conhecidas pelo criador. Com uma prevenção cuidadosa e a detecção imediata das mais discretas alterações, o fantasma torna-se o que na verdade sempre foi : Nada.

QUISTOS ~O avanço da tecnologia

A cada dia que passa a tecnologia ornitológica evolui mais e novas técnicas surgem para que possamos utilizá-las em nosso criadouro.
Chegou a vez dos "Lumps" ou "Bolas" que tanto enfeiam os nossos pássaros. Em todo criadouro sempre aparece esse tipo de problema e nunca sabemos realmente como tratá-los. Ultimamente estamos utilizando uma nova técnica que tem dado ótimos resultados e que passaremos a relatar aos criadores.
Há inúmeros fatores e causas que provocam o surgimento das "Bolas" como:
  • Pássaros com muita plumagem e excesso de penas;
  • Erro de acasalamento;
  • Debicagem dos pais nos filhotes ou o próprio canário machucando o folículo da pena, facilitando o aparecimento da "bola";
  • A falta de nutrientes específicos bem como uma nutrição inadequada.
Anteriormente já foi tentado inúmeras maneiras de sanar o problema como:
  • Amarrar com fio dental, e esperar cair;
  • Amarrar com fio dental para cortar;
  • Retirar e cauterizar a bola com bisturi elétrico, etc... 
Porém o mais novo método consiste em: Injetar ALBOCRESIL direto na "bola", uma quantidade necessária que se consiga injetar ,duas ou três vezes com agulha de insulina em vários locais da bola, durante 2 a 3 dias. Após esse tratamento é só cortar o suficiente para retirar a "bola" seca do local e pingar novamente o produto. Quando pretendemos retirar de uma só vez, fazemos cirurgia na qual utilizamos um isolante que nada mais é que duas laminas de alumínio unidas em uma extremidade com um rebite e uma cavidade nas duas lâminas. Usamos a cavidade para segurar a "bola" e para não passar calordo ferro de soldar que usamos como bisturi elétrico, ao corpo do canário que estamos operandoe cauterizar o local da mesma. Após a extração utilizamos uma pomada cicatrizante como protetora do local. Acreditamos que com essa nova tecnologia possamos sanar de uma vez esse problema que tanto aflige e causa a impressão de falta de cuidado com nossos pássaros. Esperamos que essas informações auxiliem a todos ornitófilos e colocamos-nos à disposição para qualquer esclarecimento que fizer necessário

PREVENINDO DOENÇAS DOS FILHOTES DE CANÁRIOS



Os criadores de canários perdem muito o ânimo, quando verificam que seus filhotes estão doentes. Em contrapartida, os filhotes de canários sofrem muito quando a criação está doente, pois consideramos que todo o criatório necessita de atenção. A finalidade de reconhecer e prevenir as doenças é a geração de filhotes saudáveis e com desenvolvimento pleno de seu potencial genético.
Sintomas gerais das doenças dos filhotes e formas de prevenção e tratamento

Colibacilose

Agente causador: Escherichia coli (bactéria Gram negativa)
Sintomas observados nos filhotes
Filhotes:
· “Pinta preta” observada na lateral direita do abdome dos filhotes, na primeira semana de vida (que significa um aumento da vesícula biliar);
· a morte embrionária nos primeiros dias de incubação;
· a morte de filhotes na primeira semana de vida;
· Alta mortalidade de filhotes na primeira quinzena de vida;
· Filhotes com crescimento retardado e morte na primeira semana de vida;
· Morte de filhotes mais velhos;
· Presença de um mancha amarela dentro do abdômen (retenção do saco da gema) observado no abdome dos filhotes no ninho;
· Diarréia amarela, fétida, causada por toxemia (nunca foram encontrados casos de diarréia por E.coli em aves, apenas em suínos);
· Diarréia por alteração metabólica por insuficiente função hepática e renal;
· Má digestão por retardo nas enzimas biliares;
· Problemas de filtração e concentração da urina.
· Infecções oculares com formação de massas amarelas de pus dentro do olhos dos filhotes ainda no ninho.
· Excesso de uratos na urina (poliuria), urina leitosa;
· Dificuldade respiratória; cansaço; alta mortalidade de filhotes; febre;
· Falta de apetite: ausência de sede, mesmo com febre;
· Cansaço crônico (Doença Crônica Respiratória: Mycoplasma associado a colibacilose); artrites agudas com inflamação e dores articulares.

Mycoplasmose

Sinônimos: Doença Crônica Respiratória (DRC); “Doença do Peito Seco”.
Agente causador: Mycoplasma gallisepticum, Mycoplasma synovei
Sintomas:
· Doença Crônica Respiratória (DRC): O Mycoplasma é o agente primário da Doença Crônica Respiratória (DCR). Os sintomas agudos ocorrem a partir da contaminação secundária de bactérias, por exemplo Escherichia coli. Os sintomas clássicos iniciais são um quadro respiratório crônico, havendo crises agudas quando há queda de resistência e contaminação secundária. Os sintomas respiratórios são progressivos: as aves apresentam ruídos respiratórios de inspiração e expiração; movimentos respiratórios associados ao movimento da cauda em pêndulo; obstrução de narinas; coriza purulenta e escoriante; alteração da forma e aumento do diâmetro das narinas, muitas vezes de forma irreversível; sinusites crônicas, com destruição dos seios nasais.
· Artrites crônicas de difícil tratamento; dificuldade de locomoção; articulações inchadas; queda de imunidade crônica do plantel; aparecimento de várias doenças repetitivas; difícil de tratamento; sintomas inespecíficos de uma única patologia;
· Surtos freqüentes de patologias oportunistas, como exemplo a Candidiase (sapinho ).
· Mortalidade de filhotes no final da incubação (morte do embrião na fase de eclosão do ovo); filhotes que não conseguem sair totalmente do ovo ou que nascem muito debilitados e fracos. (Observação: não existe casca de ovo muito dura, como dizem os criadores, considerada a causa de morte de filhotes, o problema está na falta de saúde do filhote em quebrar a casca e nascer).
· Lesão no saco aéreo na primeira semana de vida, observada ao exame de necropsia do filhote ou do ovo com embrião morto.

Salmonelose

Sinônimos: Diarréia branca; “Doença da Pinta-preta”
Agente causador: Salmonella ssp. Salmonella gallinarum (atinge especificamente aves), Salmonella typhimurium (freqüente em aves silvestres), S.pullorum, S.bareilly, S.anatum, S.enteritidis, S.thompson, S.orinienburg, etc.
Sintomas:
· Forma Aguda: diarréia severa de coloração variável entre a cor castanha a avermelhada; “diarréia branca”, que na verdade, é um excesso de uratos na urina (poliuria); febre; perda de peso; perda de apetite e sede; penas arrepiadas; aves emboladas, mancha roxa ou cor de vinho no abdômen (hepatomegalia), pinta preta no lado direito do abdômen dos filhotes com 1 semana de vida (hiperplasia da vesícula biliar); debilidade de filhotes; morte rápida.
· Forma Crônica :Artrites crônicas

Coccidiose

Agente causador: Coccidias (Eimeria e Isospora)
Sintomas:
· Forma subclínica: Aves que não apresentam sintomas, havendo dificuldade no diagnóstico.
· Filhotes: Aves mais susceptíveis e frágeis desenvolvem os sintomas mais característicos da doença: mortalidade de filhotes em crescimento e os filhotes de primeira semana de vida, ainda nos ninhos; perda de peso podendo chegar até a síndrome do peito seco; perda da coloração das penas;
doenças concomitantes; diarréia de ninho; diarréia amarela.
· Fezes pastosas, ou com muco; diarréia desde amarelada até com estrias de sangue ou pretas (sangue digerido); alimento mal digerido nas fezes, acompanhado de perda de peso; aumento excessivo de apetite, sendo que algumas aves até dormem ou morrem no comedouro; apatia e prostração; penas arrepiadas; “fêmeas suadas” no ninho, causado pela umidade das fezes dos filhotes com diarréia; ninhos úmidos; cloaca dos filhotes suja; problemas de pele e de muda atrasada.

Micotoxicose

Agente causador: toxinas oriundas do metabolismo dos fungos existentes nos alimentos, fungos estes principalmente do grupo Aspergillus ssp.
As toxinas mais comuns nos alimentos são produzidas por: Aspergillus flavus (14 tipos de toxinas), Aspergillus ochracens (ocratoxina do tipo A e B); Fuzarium (produz grande número de toxinas, sendo as mais importantes a Zearalinona e a Trichothecena). São toxinas termoestáveis, ou seja, não são destruídas por nenhuma forma de calor, não existe antídotos contra elas, apenas adsorventes e inibidores para serem usados nos alimentos (ver texto abaixo). Estes fungos acometem qualquer tipo de sementes e cereais, e são destruídos pelo calor. Aquecendo as sementes, tostando ou deixando ao sol, podemos ter uma semente novamente sem fungo, mas as toxinas que já foram produzidas nunca serão destruídas. Estas toxinas são acumuladas no organismo da ave à cada ingestão de alimentos. Para sua desintoxicação, a ave demora 4 meses, pelo menos, para eliminar todas as micotoxinas e deixar os órgãos se regenerarem
.
Sintomas:
 
· Fatores de influência: Os sintomas dependem: do tipo de fungo; do tipo de toxina; da quantidade ingerida; do tempo de manutenção deste alimento contaminado na criação; das condições de manejo geral do plantel; da qualidade do balanceamento nutricional; do estado de saúde geral das aves; da fase da vida que a ave se encontra
.
· Filhotes: Diminui o ritmo de crescimento dos filhotes; mortalidade de filhotes no início da incubação; mortalidade de filhotes na primeira semana de vida; morte de jovens e adultos posteriormente aos filhotes. Inicialmente letargia; anorexia; redução do crescimento; penas arrepiadas e asas caídas. Posteriormente, ataxia motora; opistotonos e convulsões.
· Geral: Hematomas por fragilidade capilar; morte em 24 horas em casos de grave contaminação; aumenta riscos de infecções secundárias. A micotoxina denominada ocratoxina causa mortalidade alta nas primeiras 24 horas, principalmente por causar lesões renais graves (fezes branca grudadas na cloaca, a ave força a cauda para baixo, como para limpar a cloaca). A micotoxina F2 produzida pelo Fuzarium, causa queda na postura. A mortalidade pode variar, porém dentro de padrões altos.


Prevenção e Tratamento destas Doenças

· O filhote hidratado revigora-se após as fases de debilidade, doença, susto ou choque térmico; consegue restabelecer as defesas orgânicas durante períodos de mudanças bruscas de temperatura, doenças gastro-intestinais, durante e após o tratamento de doenças infecciosas e após uso de antibióticos. Use o soro antistress e soro de torneio Hidrafort na dose de 1 grama em 50ml de água até 10 dias.
· A coccidiose é uma grande causa da morte de filhotes de primeira semana de vida e filhotes no desmame (usamos em nosso criatório o Coccinon Vitasol na dose de 20g por litro durante 20 dias, podendo ser usado de forma contínua, e dose de 40 a 60 gramas por litro apenas 4 dias para tratamento.
· NalytH Baby é usado no desmame e na primeira semana de vida. Indicamos a realização de exames de fezes no período de muda e na pré-reprodução. Estes produtos são agregados a papinha Energet.
· Probióticos promovem modulação da flora intestinal das aves, e controle da proliferação de bactérias e leveduras patogênicas, que provocam quadros de diarréia. Previne a diarréia de ninho, auxilia na redução da “pinta preta” e na retenção do saco da gema nos filhotes. O uso deve ser anterior ao nascimento dos filhotes pois, prepara a flora do trato digestivo dos pais antes do nascimento dos filhotes, para que estes já recebam alimento com a flora microbiana saudável (ProbLac Plus).
· Os ácidos orgânicos incrementam a eficácia alimentar; auxiliam na manutenção da criação nos períodos de stress, estimulam o sistema imunológico, auxiliam nas respostas vacinais, favorecem a conversão alimentar. Prevent é indicado e promove o controle da flora intestinal, diminuindo diarréia, controlam o crescimento de fungo e bactérias dos alimentos; e agem na prevenção e controle da Salmonelose e Colibacilose dos filhotes.
· As lesões de patas, a pinta Preta ou Salmonelose e a Colibacilose tem respondido bem a antibióticos de largo espectro e suplementação nutricional, respectivamente Ampicilon (dose de 20gramas em 1 litro de água 7 dias) e o Rovital-C (dose de 5 gramas em 1 litro 5 a 7 dias seguidos e manutenção 2 vezes por semana naágua de bebida dos filhotes e adultos).  

NUTRIÇÂO NO PERÍODO DA MUDA

...A alimentação e nutrição das aves são, normalmente, encaradas como um factor muito importante e, quase sempre apontadas como parte do sucesso ou insucesso na criação..." 
 
Nutrição no Período de Muda
A alimentação e nutrição das aves são, normalmente, encaradas como um factor muito importante e, quase sempre apontadas como parte do sucesso ou insucesso na criação. Contudo a maioria dos criadores preocupa-se bastante mais com a alimentação das suas aves durante a fase de criação do que nas restantes.
Para analisar melhor a alimentação das aves, é necessário compreender, em primeiro lugar, o ciclo reprodutivo “natural” que apresenta alterações relevantes ao longo do ano.
Assim, podemos assinalar três fases distintas no ciclo reprodutivo anual das espécies sazonais, como é o caso do canário selvagem (Serinus canaria) e, obviamente, da raça Gloster, iniciando-se como período de descanso, segue-se a época de reprodução, durante a qual o criador redobra a sua dedicação e cuidado para com as aves e, finalmente a época de muda.
Estas são as três fases consideradas mais relevantes na criação do canário ao longo do ano. Do ponto de vista nutricional, devemos acrescentar uma quarta fase, a qual refere-se à preparação dos reprodutores, na transição entre descanso e reprodução.
A época da muda assume grande importância, pois influencia directamente a aparência externa da ave. Uma ave com plumagem em más condições dificilmente se mostrará atractiva e muito menos poderá atingir bons resultados em exposição.
Vamos então analisar algumas particularidades da muda e como poderemos conseguir melhores resultados nesta fase através de uma nutrição equilibrada.
A plumagem é uma das características típicas das aves.
Aquilo a que chamamos pena, é o elemento base e apresenta uma variação e constituição bastante complexas. Em temos evolutivos, as penas são uma adaptação das escamas dos répteis ancestrais.
Embora estejamos habituados a relacionar as penas unicamente com a capacidade de vôo, estas desempenham diversas outras funções e, podem mesmo assumir especializações bastantes distintas.
Em primeiro lugar, são um excelente isolante térmico, mantendo o corpo quente, este factor é de extrema importância nas aves cuja temperatura corporal é mais elevada que nos mamíferos. Segundo, porque permitem uma forma de identificação e comunicação visual, factores essenciais do ponto de vista da camuflagem natural e comportamento sexual.
Se as penas constituem o exterior das aves, são, obviamente, responsáveis pela sua coloração. A forma como as cores estão presentes nas penas é importante para compreender a pigmentação e a forma como observamos as nossas aves.
A cor é conferida por pigmentos que podem estar presentes na própria queratina e, neste caso, são compostas por pigmentos melânicos (melaninas). As melaninas podem de uma forma genérica ser negras (eumelanina) ou castanhas (phaeomelanina). As melaninas conferem as cores castanho, negro e cinzento.
Além desses pigmentos, existem os designados carotenóides que incluem a famosa cataxantina e os beta-carotenos. Existem outros carotenóides como luteínas, astaxantinas e rodoxantinas, com diferenças ao nível da química estrutural. Os carotenóides são de uma forma geral responsáveis pelas cores amarelo, laranja e vermelho.
Enquanto as melaninas são produzidas pela própria ave, os carotenóides Têm de ser ingeridos na alimentação.
Estas são as únicas cores pigmentarias que existem na plumagem, todas as outras como o verde e o azul são resultado de alterações estruturais nas penas que alteram a reflexão da luz.
De uma forma mito genérica, uma ave verde possui tanto a pigmentação melânica como factores reflectores. Normalmente no caso dos canários, apenas o factor azul é apontado como um factor de reflexão embora tecnicamente estes existam também noutras linhas de cor.
Quando observamos uma ave, vemos apenas as extremidades das penas, já que estas encontram-se sobrepostas. Como esta também é a zona mais sujeita a desgaste, a coloração vai-se alterando com o tempo. Importa reter sobre a estrutura e formação da plumagem que a coloração apenas é adquirida durante o processo de crescimento da pena, uma vez terminado esse processo, a plumagem perde a capacidade de receber pigmentação melânica e lipocrómica. É por este motivo que é essencial que as aves disponham de condições de nutrição adequadas no período de muda, para que possuam uma plumagem bem constituída e atraente.
É importante fornecer aminoácidos sulfurados às aves em muda, pois desta forma entram em muda mais rapidamente, completando-a com mais facilidade e rapidez. A explicação é simples pois as penas são formadas quase inteiramente por proteínas e, particularmente proteínas ricas em enxofre, a alimentação rica em aminoácidos sulfurados facilita a constituição das proteínas necessárias.
As sementes são relativamente pobres em aminoácidos, sendo necessário fornecer suplementos alimentares balanceados encontrados nas melhores marcas disponíveis no mercado.